Supervisão de Saúde explica sobre as unidades Tietê I e II
As Unidades Básicas de Saúde Tietê I e II se viram ou ainda se veem envolvidas em rumores sobre eventual mudança de finalidade, fechamento, encerramento ou não de atendimento pleno. Situação que diante das públicas e notórias deficiências de atendimento em saúde pública é preocupante. A reportagem foi tentar aferir a versão da municipalidade a respeito.
Para tanto esteve na AMA/UBS Integrada Jardim Tietê I, na Avenida Engenho Novo, 120 – São Mateus, onde foi recebida pela supervisora de Saúde de São Mateus Fabiana Zavato que explicou que não se trata de fechar unidade ou diminuir o atendimento às comunidades envolvidas e o público alvo cadastrado. Trata-se, segundo ela, de uma reorganização com o foco de ampliar a assistência aos moldes do programa Saúde da Família.
Mas, o fato é que houve sim algumas mudanças. Tanto é assim que no Tietê II, sediado na Rua Augusto Ferreira Ramos, 9 tem déficit de recursos humanos em função da saída de diversos servidores para outros locais, servidores estes que são da administração direta, selecionados por concurso público. Completa o quadro, o fato de mesmo com os concursos recentes, os aprovados não optaram por trabalhar nessa unidade. Consequência, a dificuldade de repor os servidores em quantidades e cargos adequados para manter o atendimento, também conta como fator importante nas mudanças.
Fabiana explica que mesmo assim a unidade vem funcionando. Para ilustrar o que diz, informou que existe até um médico clínico vinculado àquela unidade, mas que, entretanto, por motivos particulares, está afastado desde março. Está previsto, ainda segundo a supervisora, uma prorrogação dessa licença e posteriormente a expectativa de afastamento deste por causa de aposentadoria.
Como medida, nem tão transitória, diante da situação, os atendidos do Tietê II passam a ser atendidos na unidade do Tietê I nas modalidades clínicas e corriqueiras, tratando-se apenas de mudança de local da consulta.
Mesmo assim com essas alterações não está caracterizado o fechamento da UBS Tietê II, mesmo porque lá está funcionando um Núcleo Integrado de Reabilitação (NIR), modalidade um pouco mais simplificada que um centro de especialidades de reabilitação (CER) que vem sendo planejado para o local e que se fixará a partir do momento que em termos de recursos físicos e humanos possam funcionar no local. Ainda na UBS Tietê funciona ao lado o Hospital Dia da Rede Hora Certa São Mateus com sua modalidade específica de atendimento.
O que a supervisora então está sustentando? Sustenta que a UBS II diminui seu atendimento clínico, mesmo porque a quantidade de moradores do território atendido, estimado em oito mil pessoas está aquém da quantidade mínima, de 20 mil moradores, quantidade que determina a necessidade de uma unidade básica de saúde no local. Sustenta que a unidade não está fechada, apenas caminha para um atendimento diferenciado, de especialidades na área da reabilitação; por enquanto um núcleo com expectativa em ampliar o atendimento como um centro de reabilitação. Anexo a unidade já funciona o Hospital Dia a que nos referimos. E que o Tietê I vai absorver a demanda do Tietê II.
Quanto ao centro de reabilitação, explica a supervisora, ele já está planejado há tempos, entretanto, não se conseguiu achar na região um imóvel próprio ou de terceiros adequado que pudesse ser locado para o seu funcionamento. Vale destacar que em sendo um centro de especialidade em reabilitação o imóvel precisa ter sua arquitetura adaptada para usos múltiplos com necessidades específicas desse tipo de paciente. Busca-se, em médio prazo, adaptar, então, a atual unidade Tietê II para essas exigências.
Outro aspecto que a supervisora destacou foi à negociação respeitosa e flexível com muita escuta dos servidores para a saída ou remanejamento destes da Tietê II para outros locais. O remanejamento está previsto nos estatutos e é possível para o funcionalismo. Em função das dificuldades de atendimento, muitos pediam remoção. Muitos, entre os servidores que restaram na unidade, só não estão podendo sair para outros locais ou para serem readaptados em função de uma exigência do Ministério Público que determinou um prazo de funcionamento nesse período de transição entre ubs e núcleo integrado de reabilitação para aprovar o seu funcionamento em acordo com os protocolos do Sistema Único de Saúde.
A avaliação desse processo deverá ser feito por uma comissão composta pelos dirigentes da saúde, membros do MP e eventualmente outros participantes. A finalidade é aprovar ou não o funcionamento do CER nas condições apresentadas. (LM/JMN
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