SP registra mais casos de Dengue, Chikungunya e Zika nestes primeiros meses do ano

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“Infectologista alerta sobre muitos casos de pessoas que estão contraindo as doenças mais de uma vez. A cada nova contaminação, elas vêm ainda mais severas”

Mosquito transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika, o Aedes Aegypti ainda tem assustado muitos brasileiros. Em São Paulo, não tem sido diferente. De acordo com dados do Ministério da Saúde, os números de pessoas infectadas triplicaram nos primeiros quatro meses do ano, se comparados aos mesmos números deste período do ano passado. Outro fator preocupante é o número de mortes, que também teve crescimento.

Em 2018, a Secretaria Municipal de Saúde registrou 10 mortes em todo o ano. Em 2019, até o momento, já foram mais de 20 mortes; isso faz acender um sinal de alerta para todos da área de saúde, principalmente dos infectologistas que, segundo Dr. Jean Gorinchteyn, traz à tona um problema sério: muitas pessoas que estão contraindo o vírus já pegaram a doença no passado.

Além disso, o especialista chama atenção para o risco do aumento da gravidade da doença nos casos subsequentes. “Vale lembrar que, da segunda vez, a evolução do quadro destas doenças pode ser mais rápida e ter consequências graves”, explica Gorinchteyn.

Por isso, é indispensável que se mantenham velhos e corretos hábitos para que o combate ao grande vilão – o mosquito Aedes Aegypti – seja vencido: limpar bem o quintal, manter vasos e pratinhos de plantas longe de água parada e evitar sujeiras em terrenos baldios ou locais que sejam de fácil acesso para o mosquito utilizar como criadouro.

É essencial que se redobre a atenção aos sintomas iniciais da doença: febre alta e dores musculares muito intensas. Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa. Após três dias, em alguns indivíduos, surgem manchas vermelhas.

O infectologista ainda destaca: “É preciso observar o paciente a partir do quinto dia, período em que ele pode ter piora significativa em seu quadro clínico. Por isso, não é permitido o uso de anti-inflamatório. ”
Tratamento – O médico lembra que não há um tratamento específico para a Dengue, mas para amenizar os sintomas, sim. “Hidratação é o que há de mais importante nesse momento, pois a inflamação faz com que o líquido dos vasos sanguíneos extravase para o resto do corpo. Então, para evitar que isso ocorra, é primordial que se ingira muito líquido”, observa o Dr. Jean.

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