Sobre a insegurança que precisamos reverter

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Se, de fato, falta gestão profissional na Segurança Pública do Estado de São Paulo, conforme nos reportou em entrevista o presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, Geraldo Melão, aqui na ponta, na região de São Mateus falta gestão e muita ação para dar conta das demandas.
Temos carregado nas tintas sobre o assunto de segurança nas nossas páginas. Quase sempre reconhecendo que estamos muito aquém do suportável ao cidadão comum e a sociedade de bem.
A situação de insegurança da região é mais grave ou menos grave, a depender da região. É publico e notório que temos localidades nos distritos de São Mateus com características próprias de criminalidade. Em alguns lugares furto e roubos de automóveis, em outros roubos de cargas, em outros, tráfico intenso de drogas sem contar as tantas outras ocorrências como roubos e furtos de residências, desavenças, brigas e homicídios.
Em se tratando de São Mateus, como em toda periferia da cidade esses crimes não acontecem de vez em quando, são recorrentes. Não passa uma semana em que não ficamos sabendo de um crime aqui. Não tem refresco. Aparece de tudo e mais um pouco: latrocínios, roubo seguido de morte, atentados violentos ao pudor, estupros e acertos de contas entre a bandidagem. Na maioria dos casos, entretanto, infelizmente os crimes envolvem pessoas inocentes que não tem nada a ver são apenas vitimas.
Sabemos que a solução não está apenas na ação das polícias: militar e civil; nem da Guarda Civil Metropolitana fazendo policiamento preventivo, ostensivo, de investigação e proteção. Faltam outros ingredientes como oportunidades de empregos, ocupação e renda; de estudos e de formação profissional; de melhores condições de moradia, transporte, saúde, mas, principalmente, também, de educação de berço, conforme vira e mexe também lembramos.
A entrevista com o delegado não surpreende. Sempre desconfiamos quanto a qualidade no funcionamento das polícias e principalmente das delegacias, nem sempre de responsabilidade das pessoas, mas do sistema. As delegacias, por exemplo, é um local inóspito para o cidadão quando precisa de alguns socorro, ou de fazer o registro de alguma ocorrência. Muitas delas em nossos distritos sequer estão abertas aos finais de semana e durante a noite sobrecarregando uma ou outra que estão atendendo ou de plantão.
De qualquer forma, na fala do delegado fica a expectativa de que um dia a tal da gestão competente e informada aparecerá, de preferência baseada em estudos sobre o que se deve fazer e o que pode ser melhorado no papel das policias. Quando o delegado Melão diz que a coisa está errada é óbvio que deve existir a coisa certa, ou seja, outra maneira de dirigir e operar a segurança publica.
Tomara que sim, tomara que um dia, em breve, tenhamos claros sinais de que as coisas vão se encaixar. E que as polícias, apoiadas e patrocinadas pelo governo e pela sociedade façam o seu melhor dentro dos ditames legais. Ela poderá fazer a sua parte e melhor se um conjunto de ações das outras secretarias de responsabilidade do Governo do Estado também funcionar.
O fato é que apesar de sabermos da responsabilidade do governo do Estado pela segurança, nunca é demais lembrar que todas as outras instâncias de governo, entidades, a sociedade civil organizada também podem contribuir para melhorar a situação; que cada um ache a fórmula certa.
Apesar das dúvidas do dirigente sindical quanto às melhoras na gestão da Segurança, precisamos torcer para que estejamos enganados. A insegurança disseminada é grande. É preciso estancar essa tendência. Tomara que consigamos reverter isso. (LM)

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