São Mateus dá exemplos de conservação e luta pelo meio ambiente

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Enquanto todo o mundo discute as queimadas na Amazônia, São Mateus caminha para ser um exemplo de luta pela preservação do meio ambiente e dos recursos naturais, mesmo que seja em uma área infinitamente menor do que a região Norte do País. Só na tarde de ontem (22/08) o subprefeito Roberto Bernal e seu assessor técnico Edi Suzuki participaram de dois eventos que vão por esse caminho. O primeiro marca o início da entrega de composto orgânico para os 30 produtores da região, que cultivam hortaliças em 14 pontos, coordenados pela Associação dos Agricultores da Zona Leste . Alimentos mais saudáveis e produzidos na região. O segundo foi um encontro de educadores e lideranças comunitárias e sociais, na sede do jornal Gazeta de São Mateus, para preparar uma nova caminhada ao Morro do Cruzeiro, na manhã do dia 28 de setembro, para mais uma vez defender a transformação desse segundo ponto mais alto da cidade em uma área de preservação.

O projeto de compostagem é desenvolvido em conjunto pela Subprefeitura São Mateus e pela Amlurb, a Autoridade Municipal de Limpeza, responsável pela coleta de lixo e que vai usar os restos de alimentos deixados pelas 38 feiras livres da região no chamado ciclo reverso. Os detritos são depositados nos canteiros de compostagem, junto com o material recolhido de podas de grama e de árvores, numa altura de cerca de 1m de altura. Até agora já foram montados nove deles, no pátio de 3.100m², na rua Forte de Araxá, 409, no Parque São Lourenço, administrado pela Subprefeitura.

Cada canteiro é forrado no chão, com uma lona que absorve o líquido da fermentação, evitando que contamine o solo. Com o tempo, os detritos vão se transformando em uma terra preta espessa, que passa a ser o adubo orgânico, rico em nutrientes. Nessa fase, já pode ser entregue aos agricultores, gratuitamente.

Há uma grande economia de todos os lados. O agricultor se abstém de usar adubo químico, que é caro e deixa resíduos na terra. Os aterros sanitários da Prefeitura recebem menos detritos e têm maior tempo para lotação. Os caminhões rodam menos, gastam menor quantidade de combustível e horas de trabalho dos motoristas, pois o Pátio de Compostagem fica na região.

Para celebrar os primeiros resultados de cerca de 10 toneladas de adubo orgânico entregues e anunciar que daqui para a frente a ideia é aumentar a produção, o presidente da Amlurb, Edson Tomaz de Lima Filho e o subprefeito de São Mateus, Roberto Bernal, realizaram um encontro com produtores orgânicos, representantes da Associação dos Agricultores da Zona Leste, do Conselho Participativo de São Mateus, ambientalistas e coordenadores dos serviços de podas das empresas terceirizadas e servidores.

MORRO DO CRUZEIRO

A reunião para organizar uma caminhada de defesa da transformação do segundo ponto mais alto da cidade de São Paulo ocorreu nesta quinta-feira (22/08) no local certo para espalhar essa ideia para a região: a sede do jornal Gazeta São Mateus, que em suas páginas e mídias sociais, se encarrega de agregar mais participantes para essa jornada, no dia 28 de setembro, às 8h30, com a concentração marcada para a rua 1. Já é bom ir arrumando assunto, para reunir os amigos e a subida ficar leve.

A anfitriã Lucy Mendonça reuniu o subprefeito de São Mateus, Roberto Bernal, o assessor técnico Edi Suzuki, a ambientalista e professora Fátima Magalhães, o educador Alexandre Magalhães, , a presidente do Conselho do Idoso de São Mateus, Deise Achilles, o historiador Adriano José de Souza, a professora Joelma Augusta, do Educandário dos Anjos, os educadores Débora Ferreira e João Artur, ambos do Colégio Santa Bárbara, presidente da ONG San Germano, Inácio Leite, as líderes comunitárias Edilene, da Vila Bela, e Rosa, do Iguatemi, o fotógrafo Marcos Mendonça e a esposa, Karina Fioravante e o Cris, da Associação de Pipas Artísticos.

O subprefeito Roberto Bernal disse que apoia a transformação do Morro do Cruzeiro em Área de Proteção Ambiental. Informou que a Subprefeitura São Mateus tem realizado melhorias no acesso, para facilitar a chegada até o início da subida. “Defendo a ocupação do morro com bons projetos, porque é isso que evita invasão e atividades nocivas,” afirmou.

Durante duas horas, o grupo discutiu alternativas para reunir um número grande de pessoas para a caminhada. Também foram discutidas estratégias para conter o desmatamento e os danos ambientais na região. A ambientalista e professora Fátima Magalhães defende que as escolas da região incluam o Morro do Cruzeiro como referência nas aulas de História e Geografia.

Os organizadores desejam reunir o maior número possível de alunos das escolas municipais, estaduais e particulares, para que as crianças sejam conscientizadas sobre os problemas ambientais .

O presidente do Rotary Club de São Mateus, Antônio Carlos Cândido da Silva, se comprometeu a mobilizar os 1.200 associados para que compareçam à caminhada e apoiem a luta pela preservação do Morro do Cruzeiro. Também representando a Frente Empresarial de São Mateus, o assessor da Subprefeitura, Edi Suzuki, disse que a conservação de nossas áreas verdes ajuda a destacar a imagem de São Mateus e a atrair negócios ligados à área ambiental. O historiador Adriano José de Souza chamou a atenção para o fato de que o Morro do Cruzeiro já está inscrito no Patrimônio Histórico Municipal e que é preciso preservá-lo.

As líderes comunitárias Edilene, da Vila Bela, e Rosa, do Iguatemi, se comprometeram a mobilizar lideranças religiosas do bairro, para que ajudem a propagar a caminhada ao Morro do Cruzeiro, nas missas e cultos. “Os idosos também vão participar dessa jornada, nem que seja apoiando a coxa com a mão”, afirmou, em tom de brincadeira, Deise Achilles, presidente do Conselho do Idoso de São Mateus.

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