Rotary Clube São Mateus organizou palestra sobre Parques Naturais e Unidades de Conservação em São Mateus

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O Rotary Clube São Mateus realizou no dia 9 de setembro um encontro no restaurante Recordações Nordestinas, localizado no Jardim Rodolfo Pirani, com palestra ministrada por Rodrigo Martins dos Santos, diretor de Patrimônio Ambiental da SVMA-SP (Secretaria do Verde e do Meio Ambiente) da Prefeitura de São Paulo, que reuniu empreendedores e representantes de vários setores de São Mateus.

Com o tema Parques Naturais e Unidades de Conservação de São Mateus – existentes e em planejamento-, o evento foi proposto pela professora de geografia Fátima Magalhães, defensora do Parque Morro do Cruzeiro – Pico do Votussununga. A educadora coordena a associação SOS Morro do Cruzeiro, que organiza caminhada com estudantes ao local e agendas com representantes políticos em defesa dessa área. Rodrigo é o coordenador técnico do Plano Municipal de Conservação e Recuperação de Áreas Prestadoras de Serviços.

O palestrante discorreu sobre características dos parques naturais e de unidades de conservação. Além disso, falou a respeito da implantação do Parque Natural Cabeceira do Aricanduva, “com previsão de entrega até o final do ano”, segundo ele, e a proposta de um monumento natural para o Pico do Votussununga. O pico, entre o Jardim Santo André (São Mateus) e Mauá (ABC), é o segundo maior de São Paulo, com 990 metros de altura em relação ao nível do mar.
“Em 2022, o pico recebeu 14 placas de interpretação dos atributos ambientais relevantes, e 24 de demarcação. A trilha já atende escolas em atividades de educação ambiental. O morro constitui um geosítio, com elementos geológicos como a rocha usada para isolante térmico de parede e purpurina. Outra proposta é que se consolide também como laboratório para a formação de futuros geólogos”, citou. Os moradores esperam há 13 anos pela implementação do parque enquanto lutam para reflorestar a parte que ainda não sofreu ocupação irregular.
O Morro do Cruzeiro foi repassado pela Cohab (Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo) à prefeitura para a criação do parque municipal. “Temos seis parques em obras na cidade, desde 2021 entregamos três e pretendemos entregar mais três até o fim do ano, dentre eles um em São Mateus, o maior, que é o Cabeceiras do Aricanduva”, disse.

Áreas verdes –

A região já conta com o Parque Natural Municipal da Fazenda do Carmo e os parques da SVMA (Guabirobera, Sapopemba, Jardim da Conquista e Nebulosas). O futuro Parque Natural Cabeceiras do Aricanduva é resultado de uma das compensações do aterro São João (do Centro de Tratamento de Resíduos Leste) e entra na categoria de unidade de conservação (criado por um regime legal) no grupo de proteção integral protegido por lei federal. São Paulo soma 127 parques (entre municipais e estaduais), distribuídos em urbanos, lineares, unidades de conservação e parques-orla.

Biosampa –

“Dados do índice Biosampa, publicação anual da pasta que reúne dados de biodiversidade paulistana, mostram que o parque Cabeceiras do Aricanduva tem 319 espécies de plantas, 44 espécies de aves e um tipo de mamífero registrados. Destacam-se quatro aves endêmicas da Mata Atlântica, como o tucano-de-bico-verde, o periquito-rico, a choca-da-mata e o tiê-preto. Mas agora começamos a fazer um estudo mais detalhado”, aponta.
Programa de Metas

A implantação do PNM Cabeceiras do Aricanduva, está no Programa de Metas da Prefeitura (Meta 63), será a 11ª Unidade de Conservação (UC) Municipal, o 7º Parque Natural Municipal e o segundo desta categoria na zona leste. A área planejada para a unidade tem mais de 250 hectares (duas vezes o Parque Ibirapuera), abrangendo territórios nas Subprefeituras de Cidade Tiradentes e de São Mateus.

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