Qual é o verdadeiro significado da Páscoa e como ela deve ser comemorada?
Estamos chegando à Páscoa. Feriadão chegando aí, todo mundo animado, alguns esperando pra viajar e descansar, não é mesmo? Outros esperando pra ganhar aquele Ovo de Páscoa maravilhoso de chocolate belga, recheado de trufa. É uma semana doce, isso ninguém pode negar.
Agora, qual é o significado de tudo isso? Se a gente perguntar pra uma criança ela vai dizer: É quando o coelhinho vem! Traz ovos de chocolate, deixa suas patinhas por toda a casa! Marmanjos também adoram ganhar ovos de Páscoa.
Mas, será que ainda nos lembramos do verdadeiro sentido da Páscoa? O que ela representa? Qual a mensagem que este período deveria nos passar? Como deveríamos comemorar a Páscoa de verdade? Vamos entender um pouco desta história.
Para os judeus, a Páscoa é a comemoração da libertação dos judeus que eram escravos no Egito. Lembram-se da passagem da Bíblia que conta como Moisés libertou os escravos atravessando o Mar Vermelho? Essa fuga do Egito conhecemos como Êxodo e a Páscoa está relacionada à comemoração desse momento, ou seja, da passagem pelo Mar e o retorno para sua terra.
Ainda dentro da concepção judaica, a Páscoa também é a comemoração da vida do povo em liberdade, da formação da nação judaica e o advento dos Dez Mandamentos. As comemorações duram 7 dias e neste período, é proibido que se coma alimentos ou bebidas fermentadas. É quando preparam o famoso pão de asmo ou ázimo, que é um tipo de pão assado que não tem fermento em seu preparo. Existem duas interpretações comuns para isso: uma que diz respeito ao significado negativo da palavra fermento relacionada ao mal e ao pecado e outra que está relacionada à fuga do Egito. Com pressa para fugir, os judeus cozinharam o pão rapidamente, sem fermento ou sem aguardar a fermentação. Isso deu origem à tradição do pão sem fermento.
Para os católicos, a Páscoa é a comemoração da ressurreição de Cristo após sua morte na cruz. Simbolicamente, é a passagem da morte para a vida eterna, quando o espírito vence a matéria. A Páscoa cristã começou a ser comemorada no século II d.C, mas em 325 d.C., no Concílio de Nicéia, foi decidido que as Páscoas Judaica e Cristã não poderiam ser comemoradas na mesma data.
Os cristãos da igreja Luterana ou ortodoxa não comemoram a Páscoa como sendo a ressurreição do Cristo. Para eles, seguindo às orientações do apóstolo Paulo de Tarso, Cristo era a própria Páscoa, descrita em Coríntios 1 – versículos 5-8: “O cristão deve lançar fora o velho fermento, da maldade e da malícia, e colocar no lugar dele os asmos da sinceridade e da verdade.”
Paulo faz um paralelo do fermento como sendo os defeitos humanos que deveriam ser banidos da vida, deixando no lugar asmo, simbolismo da pureza.
O OVO e o COELHO – VÊM LÁ DAS CULTURAS PAGÃS DO MEDITERRÂNEO
Os povos desta região tinham uma festa pagã para se comemorar a chegada da primavera, um período em que o sol nascia e trazia a fertilidade para as novas plantações. Para comemorar, eles pintavam ovos e davam de presente entre si. Os ovos de chocolate vieram substituir os ovos pintados.
Cultuavam a deusa Ostera, deusa da primavera e da fertilidade. A figura desta deusa era representada por uma mulher que observava um coelho saltitante com ovos nas mãos. Quer dizer, símbolos que representam a fertilidade: ovo, coelho e a mulher.
Chamavam esse período e essa festa de Páscoa (do inglês Easter que vem da deusa Ostera), ou seja, um período de renascimento das plantações e de fertilidade da terra. Para esses povos, a Páscoa era a comemoração do ciclo da vida: nascimento, morte e renascimento.
Se pensarmos no significado da Páscoa para os povos pagãos, para os judeus e para a igreja católica, romana ou ortodoxa, vamos entender que existe um fio condutor, uma linha mestra em todos. Em todos os casos, Páscoa é a renovação da vida.
É a festa da libertação que traz um novo tempo, tempo de renovação e esperanças: O ovo então seria a fonte da vida, o coelho representa a capacidade de se renovar, de reproduzir a espécie, reinventar. Isso nada mais é o que Jesus nos revelou: que a morte não tem poder sobre a vida e que a alma, sendo imortal, viverá para sempre.
por Eu Sem Fronteiras
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