Pode nevar em São Paulo? Confira a previsão do tempo para a semana
Menor temperatura de 2020 poderá ser medida nas madrugadas entre sábado (22) e domingo (23), segundo a Climatempo.
São Paulo terá frio a semana inteira, podendo bater recorde de temperatura mais baixa no ano nas madrugadas de sábado (22) e domingo (23), segundo o Climatempo. Mas a pergunta que viralizou nas redes sociais: vai nevar em São Paulo? A resposta, segundo os meteorologistas, é não. Mas pode haver forte geada no Sul do estado, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) (veja abaixo).
O frio em SP vai perder a força nesta terça-feira (18) e quarta-feira (19), mas ele volta mais forte no fim de semana, segundo os meteorologistas. Na quinta-feira (20), a temperatura máxima será de 18°C e na sexta (21) a máxima será de 14°C. Vai chover 100 milímetros na capital paulista entre terça-feira e sábado, de acordo com as previsões da Climatempo.
“Essa frente fria que vem chegando vai começar a pegar a região Sul do país na quarta-feira e vem trazendo frio e chuva. Nós temos até o final deste fim de semana condições de chuva moderada para forte na Grande São Paulo e no Litoral na quinta e sexta-feira”, disse a meteorologista Josélia Pegorim, da Climatempo.
Segundo ela, esta “é uma combinação realmente Frozen mesmo, faz muito frio”. “Você vai ficar fechado numa câmara frigorífica, sem sol, céu nublado e aquele ar gelado em cima de você, então, a sensação de frio vai ser bastante grande.”
Josélia afirma ainda que a expectativa é de que a cidade de São Paulo bata o recorde de madrugada mais fria do ano de 2020 entre sábado (22) e domingo (23). “Agosto é um mês que chove muito pouco, e chuva nessa época do ano é dependente desse tipo de frente fria aparecer”, diz ela.
Neve ou geada?
Sobre a possibilidade de nevar em São Paulo, a meteorologista da Climatempo é categórica. “Não, neve não. Vai esfriar muito, mas não há expectativa nenhuma de neve em São Paulo. Não há chance alguma de neve em São Paulo.”
Mas segundo o Inmet, a presença de intensa massa de ar frio pode causar geada ao amanhecer da sexta-feira (21) no Rio Grande do Sul e no oeste de Santa Catarina. No sábado (22), as geadas poderão ocorrer de forma mais generalizada no oeste do estados da Região Sul e também no sul do Mato do Grosso do Sul e Sudoeste de São Paulo.
A queda brusca de temperatura em São Paulo vai exigir, no entanto, mudanças de hábitos na população paulista. “Vai exigir uma dose de resistência, a expectativa de calor de até 28°C na quarta-feira na cidade de São Paulo. Na quinta, a temperatura vai despencar 10°C, chegando à máxima de 18°C. Vai ser um choque térmico bastante grande”, disse Josélia.
A meteorologista da Climatempo também destaca que essa queda das temperaturas exige cuidados extras com a saúde: “A gente está numa época que ninguém quer pegar uma gripe, porque vai impactar muito na saúde das pessoas, a partir de quinta-feira é preciso tomar cuidado com a roupa, com os velhinhos, com a entrada de corrente de ar dentro de casa”, aponta.
Ainda de acordo com ela, “esta frente fria traz a massa de ar frio de origem polar mais forte do ano e este ar gelado chega a São Paulo na quinta-feira.”
De acordo com os dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a menor temperatura na cidade de São Paulo foi de 9,6°C, registrada no dia 29 de maio deste ano. A menor temperatura máxima foi de 15,9°C, no dia 15 de julho.
Ainda de acordo com a meteorologista da Climatempo, “o recorde de menor temperatura máxima e de tarde mais fria do ano poderá ser observado na sexta-feira (21). Se não ocorrer, há uma nova chance no sábado. A temperatura sobe apenas na tarde do domingo (23).”
Durante a passagem da onda de frio, poderão ser registrados 3°C a 5°C no Oeste e Sul do estado entre sexta-feira e domingo. “Estas devem ser as menores temperaturas inicialmente previstas. É possível que haja correções no decorrer da semana, conforme o ar frio intenso vai entrando no estado. No Litoral as menores até o domingo devem ser 7°C a 10°C”, disse Josélia.
Já nevou em São Paulo?
De acordo com o Climatempo, em 25 de junho de 1918, José Nunes Belford Mattos, considerado um dos pioneiros da meteorologia no país, registrou neve em sua caderneta de observações. À época, a estação meteorológica ficava na Avenida Paulista, um dos pontos mais altos da cidade, que ainda era rodeada pela Mata Atlântica.
Segundo as anotações de Mattos, a cidade estava coberta por uma forte neblina quando “nevou” e em seguida o tempo abriu rapidamente.
De acordo com Josélia, o que deve ter ocorrido “foi a sublimação do nevoeiro, quando a água passa direto do estado gasoso para o sólido. Com isso se formam cristais de gelo, praticamente uma ‘poeira de neve’ como a que vemos em geladeiras antigas. Como a quantidade de água é pequena a condensação consome todo o vapor d’água em poucos minutos e o céu fica bem azul.”
Naquela época, “os termômetros marcavam -3°C a dois metros do solo e no chão certamente a temperatura era bem menor. Como estava muito frio, este gelinho não derreteu ao tocar o solo criando uma camada branca e dando um aspecto europeu à cidade. O fenômeno durou pouco, o gelo não resistiu ao sol da manhã”, afirma Pegorim.
Para os meteorologistas, a neve “é uma precipitação e como a chuva ela se forma dentro de uma nuvem e cai. No dia 25 de junho de 1918 não houve registro de nebulosidade e por isso este gelo não pode ser qualificado como neve, um argumento técnico que não afetou em nada o encantamento dos moradores da cidade um século atrás.”
Por Glauco Araújo
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