A nossa casa comum, a Terra, está em ebulição. Nos três últimos anos, enfrentamos uma pandemia que arrebatou milhões de vidas e cujo vírus ainda circula por aí, mesmo que aparentemente sob controle; uma guerra que se estende há um ano e nove meses (Rússia e Ucrânia); a escalada da violência e da desigualdade social em todo o mundo e uma crise climática sem precedentes. Como se não bastasse, na primeira semana do mês Israel declarou guerra à Palestina após ataque do grupo terrorista Hamas.
A humanidade assiste estarrecida a acontecimentos alarmantes e busca respostas diante de um cipoal de tragédias, catástrofes, conflitos e situações que muitos só viam em filmes de ficção científica.
Enchente no Rio Grande do Sul
O que está acontecendo com o mundo e por que tantas calamidades?
Começando pela crise climática que tem se revelado de inúmeras maneiras recentemente em todo o globo, e o Brasil não é exceção, temos presenciado nos últimos dias a região Sul fortemente castigada com chuvas violentas açuladas por ciclones extratropicais, enquanto parte do país foi acometida por ondas de calor extremo e temperatura recorde para essa época do ano.
Fome no Mundo
Em entrevista a um portal de notícias, Paulo Artaxo, professor titular do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) e integrante do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), afirmou que a principal causa da desordem climática é o aquecimento global e não o El Niño.
O povo no mundo pede Paz
Tragédias e mais tragédias
“Este é um fenômeno natural que, em conjunto com as mudanças climáticas, está intensificando os fenômenos extremos neste ano. O clima do planeta está aquecendo e esse aquecimento favorece e intensifica eventos climáticos extremos, como essas ondas de calor que estamos vendo em São Paulo, as grandes inundações que estamos vivendo no Rio Grande do Sul, e assim por diante”, declarou o especialista.
Heróis do Covid-19
Além disso, relatório da ONU News revela que no passo atual, o planeta avança para um aquecimento em torno de 3°C acima dos níveis pré-industriais até 2100. A destruição do meio ambiente, a escassez de alimentos, a crise climática, social e econômica, guerras e conflitos da última década impactam significativamente a humanidade, o planeta, a flora e fauna, bem como a economia e a ordem mundial global.
A escassez de alimentos arraiga divisões sociais e econômicas; comunidades já marginalizadas são mais penalizadas, ampliando a diferença entre quem tem acesso a recursos básicos e os que vivem à margem. Nos últimos 50 anos, a população mundial duplicou, porém 1,3 bilhão de pessoas permanecem pobres – 700 milhões passam fome.
É inegável que estamos passando por eventos que refletem diretamente sobre o futuro da humanidade; é preciso agir já. Sustentabilidade ambiental deve estar no topo da lista de prioridades, é preciso garantir equidade social real e cooperação internacional voltada primeiramente ao ser humano e não ao capital.
Seca no Amazonas
Cooperação
Segundo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), as crises da mudança climática, perda de biodiversidade e poluição põem sob “risco inaceitável” o bem-estar das gerações atual e futuras.
O estudo revela que somente a ação ambiciosa e orquestrada por governos, empresas e cidadãos pode prevenir e reverter impactos mais graves da degradação ambiental, alterando os principais sistemas, como água, energia e alimentos, para que o uso da terra e oceanos se tornem sustentáveis. Resumindo: o que fizermos agora definirá o depois, antes que seja tarde.
Por Gazeta São Mateus
Leave a reply Cancelar resposta
-
Sem medo de denunciar as violências contra a mulher
15 de janeiro de 2015 -
Prefeitura no Bairro realiza mais de oito mil atendimentos em São Mateus
17 de maio de 2015 -
Subprefeitura São Mateus e Rotary distribuem livros no formato leva e traz
30 de março de 2023