Se tem uma coisa que a gente não pode negar é a transparência e a autonomia com que a Polícia Federal e os órgãos de investigação tem para cumprir suas responsabilidades no governo atual. Diferente do passado quando a corrupção e os crimes eram acobertados ou proibidos de ser investigados, o atual está com a corda toda. Dai que a gente nem tem mais tempo para se espantar. É um atrás do outro.
Pois bem, nem bem estão reveladas, apuradas e comprovadas as mutretas que estão na Operação Lava Jato outra já tá na fila e começou a ser investigada. Vai faltar polícia federal. A operação chamada de Zelotes está começando a investigar lavagem de dinheiro, corrupção, trafico de influência, associação criminosa, advocacia criminosa etc., no âmbito do Conselho Administrativo de Recursos Federais (Carf), sigla que eu nunca havia ouvido falar.
A tal Carf seria uma espécie de ‘poder judiciário’ da Receita Federal, aquela que a maioria de nós, todos os anos temos que dar satisfações. E nesse ‘poder’ que os recursos de pessoas físicas ou jurídica que não concordam com a apuração nos impostos de renda têm para recorrer.
Esse conselho é formado por funcionários do Ministério da Fazenda e por representantes da sociedade e desconheço qual o critério de indicação ou eleição. Sei lá. Só sei que a operação está investigando possíveis fraudes que podem chegar a R$ 19 bilhões em apenas 70 processos que foram analisados na investigação. Só pra gente se localizar o volume é muito maior do que está sendo apontado no que se convencionou chamar ‘petrolão’.
Segundo a PF, o esquema usa escritórios de advocacia, de consultoria e assessorias para atuar junto a conselheiros atrás de diminuir o valor das multas. No convencimento, claro, rola umas carícias e mimos. Os ambientes dessa atuação estão divididos em três. São as câmaras de análise. Uma do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (SCLL); outra do Imposto de Renda da Pessoa Física e contribuições previdenciárias e a terceira para as questões de PIS/Cofins, Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto de Importação (II) e Imposto de Exportação (IE).
Mas qual seria o problema? É que a Receita Federal era tida e havida como uma área de atuação altamente profissionalizada e moralmente respeitável. Com o escândalo que começa a mostrar a cara se vê que não é bem assim.
Vamos aos primeiros detalhes. A PF recolheu dia desses R$ 2 milhões. Num único cofre de um parente de um ex-secretário da Receita R$ 800 mil que é um dos investigados. Além desse outros ex-conselheiros também são suspeitos. Outros virão, enquanto a Polícia Federal aguentar e não for cerceada em seu trabalho.
O fato é que nem a Receita Federal que a maioria de nós não gostava porque cobrava imposto, mas respeitava também foi contaminada pelos malfeitos, pelos malfeitores, pela corrupção e afrouxamento do comportamento ético.
Nessa toada, aguentemos firme, não desistamos e não nos abatamos com a sem-vergonhice que vem de cima. Preferimos ficar triste sabendo das maracutaias a ficarmos com cara de bobo alegres. Mas que tá osso aguentar, tá!
(LM)
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