MP denuncia deputada Flordelis por morte de pastor Anderson

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Autoridades já cumpriram nove mandados de prisão e buscam cumprir 14 de busca e apreensão em caso que investiga morte de Anderson do Carmo.

O MP-RJ (Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro) denunciou nesta segunda-feira (24)  a deputada federal Flordelis de Souza pela morte do marido, pastor Anderson do Carmo de Souza, assassinado em junho do ano passado.

Além disso, a Polícia Civil, em ação conjunta com o MP-RJ, cumpre nove mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão contra 11 envolvidos na morte do pastor Anderson do Carmo de Souza. A ação ocorre em endereços do Rio de Janeiro (RJ), de Niterói (RJ), São Gonçalo (RJ) e em Brasília (DF).

Segundo o delegado Allan Duarte, a motivação do crime teria sido a disputa de poder e sua emancipação financeira do marido. Flordelis não estava satisfeita com a forma como o marido organizava as finanças e os problemas da família.

Na primeira fase das investigações, o filho biológico da parlamentar, Flávio dos Santos Rodrigues, foi identificado como autor dos disparos e o filho adotivo do casal, Lucas César dos Santos, como a pessoa que comprou a arma utilizada no assassinato.

De acordo com o MP-RJ, os nove mandados de prisão já foram cumpridos. Entre eles, os quatro filhos adotivos do casal, Carlos Ubiracy, André Luiz de Oliveira, Rayane dos Dantos Oliveira, Marzy Teixeira da Silva e os dois filhos de Flordelis, Adriano dos Santos Rodrigues e Simone dos Santos Rodrigues foram presos na operação. Outras três pessoas também foram detidas. Uma delas seria esposa de um ex-PM e teria ajudado escrever a falsa carta elaborada por Lucas na prisão.

Apesar de ter sido considerada pelas autoridades como a mandante do crime, não há mandado de prisão contra a deputada federal Flordelis Souza, por causa da imunidade parlamentar.

Anderson foi assassinado dentro de casa, em Niterói, em 16 de junho do ano passado. Segundo as autoridades, à época, Flordelis afirmou em depoimento e à imprensa que o marido foi assassinado durante um assalto. Ela informou ainda que eles tinham sido seguidos por suspeitos em uma moto quando retornavam para casa.

A deputada foi indiciada pelo crime de homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, falsidade ideológica, uso de documento falso e organização criminosa majorada.

A Polícia Civil vai encaminhar à Câmara dos Deputados uma cópia do inquérito com resultado da investigação para adoção de medidas administrativas cabíveis. O procedimento poderá levar ao afastamento da parlamentar para que ela responda pelo crime na prisão.

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