Diretoria eleita para o mandato 2019/21 se reuniu pela primeira vez em agosto. Da esquerda para a direita: Mauro Tadeu, Thiago Oliveira, Wagner Farias, Eugênio Cantero, Ana Coluccio, Wagner D’Angelo e Rafael Rodrigues
Notícias falsas, boatos, sensacionalismo sempre existiram, inclusive no jornalismo. Mas, com a rapidez da internet e interações promovidas pelas redes sociais e aplicativos como o WhatsApp, esse tipo de comunicação ganhou uma força perigosa. Afinal, as pessoas tendem a se envolver rapidamente pelo caráter fortemente emocional dessas “notícias” que acabam por se espalhar rapidamente e causar danos ao trabalho sério, à evolução social.
Mas, o que tem a ver o jornalismo comunitário e regionalizado em uma megalópole como São Paulo com isso? Para a nova diretoria da Associação dos Jornais e Revistas de Bairro de São Paulo, tudo.
“O jornalismo regional sempre estimulou o cidadão a atuar, acompanhar dados e ações dos órgãos públicos em seu bairro, participar de ações para melhorar a cidade, contribuir para definição de prioridades de forma localizada. O que hoje é um dos pilares em sustentabilidade sempre foi prática dos jornais de bairro”, diz Wagner Farias, que assumiu a presidência da Ajorb em julho.
No início de agosto, os diretores fizeram a primeira reunião da gestão para definir projetos dos próximos dois anos. “Em minha gestão, conseguimos com muito trabalho reorganizar a parte burocrática da Ajorb e resgatar a entidade que estava com atividades suspensas há vários anos”, relembrou Eugênio Cantero, que deixou a presidência depois de dois mandatos e agora assume a diretoria social.
“Nosso objetivo será trabalhar por toda a categoria, beneficiando inclusive jornais não associados”, garante Rafael Rodrigues, vice-presidente de relacionamento. “Claro que queremos ampliar a adesão das mais sérias empresas de comunicação regionalizada paulistana. Mas sabemos que isso só acontecerá com bons resultados para todos”.
O vice-presidente administrativo, Wagner D’Angelo, completa que o fortalecimento da Ajorb virá por meio do bom trabalho desenvolvido pelos jornais em toda a cidade. “Queremos ampliar a credibilidade dos jornais de bairro junto à sociedade como um todo: leitores, órgãos públicos, empresários e comerciantes, especialmente os de bairro. E isso só acontecerá se adotarmos critérios claros e rígidos para reunir veículos que apostam em um tripé básico para os dias de hoje: periodicidade comprovada, editorial regional e presença digital”, diz.
Na primeira reunião da gestão, várias metas foram estabelecidas para garantir também o fortalecimento comercial e empresarial dos associados à Ajorb. “Investir em credibilidade e maior visibilidade social vão trazer benefícios aos associados. Estamos com vários projetos para buscar mais apoio comercial e financeiro aos jornais de bairro, que têm importância inclusive histórica na cidade”, aponta o vice-presidente de comercialização Mauro Tadeu. Reforçando que esses projetos poderão beneficiar não apenas os associados mas todo veículo regional sério da cidade, ele acrescenta que o momento pede um jornalismo que incentive a prática local de cidadania pelos leitores e apoio dos órgãos públicos e empresas. “O jornal de bairro muitas vezes é o único canal viável de divulgação para pequenos e médios comerciantes, que também estão se sentindo despreparados para atuar em ambiente digital, repleto de novas possibilidades”, diz Mauro.
“Os jornais de bairro poderão contribuir inclusive com a produção de conteúdo para o comércio local. O pequeno empresário precisa de orientação para divulgar seus diferenciais, construir sua marca junto ao seu consumidor e, em geral, não tem as ferramentas adquadas para isso”, diz Ana Coluccio, que assumiu a secretaria da Ajorb. “Pretendemos ajudar os jornais de bairro de toda a cidade, com treinamentos e aprimoramento do trabalho já realizado, para que possam desenvolver esses projetos e garantir a sobrevivência de pequenas empresas. Vale lembrar que mais de 60% dos empregos no país são gerados por pequenas empresas”, conclui.
Claro que o fortalecimento dos jornais de bairro em plataformas digitais, como sites e redes sociais, também foi pauta do primeiro encontro. “Engana-se quem acha que a internet pode matar o jornalismo de bairro. Na verdade, o ambiente digital até facilita a interação das empresas com seus leitores e já estamos oferecendo conteúdo exclusivo e gratuito, na rede, que está atraindo a atenção para nós. A publicidade em nossos sites já é uma realidade”, diz Thiago Oliveira, que agora integra a Ajorb como vice-diretor social.
Em breve, será agendada uma reunião aberta a todos os jornais de bairro interessados, sejam eles associados ou não, para apresentar as metas da gestão.
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