Gazeta São Mateus completa 26 anos contribuindo para o progresso do bairro

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Com 26 anos de existência o jornal Gazeta São Mateus já faz parte da história viva desse pedaço significativo da cidade de São Paulo. Foram anos de intensa luta, de muito sacrifício e persistência para continuar oferecendo a comunidade um veículo de comunicação umbilicalmente ligado ao cotidiano do nosso bairro com seus três distritos.
Apesar dos novos tempos; tempos de comunicação fluída, descartável, instantânea que é proporcionado pelas redes sociais o jornal impresso quinzenalmente ainda é o preferido de muita gente; seja pela sua característica de registro impresso, seja como mídia de fácil manipulação, principalmente por pessoas mais idosos e conservadores.
Também diferente da rede social o funcionamento de um jornal não permite a divulgação dos chamados ‘fakes’, sob pena de descumprir uma das mais importantes premissas da imprensa que é tanto quanto possível divulgar a verdade dos fatos, o que coloca nas costas de seus repórteres e editores essa responsabilidade crucial.
Desempenhar esse papel e assumir essa responsabilidade não é para qualquer um. Quem tiver a curiosidade de saber que tipo de gente é essa, que tipo de conduta tem que ser adotada vai ganhar muito se conversar com a aguerrida diretora deste jornal a Lucy Mendonça que nos conta agora um pouco de como tudo começo.
“Foi em 1993 que saiu a nossa primeira edição do Gazeta São Mateus após alguns meses de 1992 quando ele estava sendo gestado. O bairro então não tinha nada, nenhuma representação, nenhum tipo de porta voz das comunidades. Eram tempos em que ter telefone era uma raridade e as redes social sequer existiam” diz a diretora que até então trabalhava de forma colaborativa com um jornal no bairro de Itaquera.
“Era para esse jornal, em Itaquera, que eu levava assuntos das comunidades e de setores organizados de São Mateus que era como ainda é tão grande e importante que o bairro vizinho até que em determinado momento por razões que não vem ao caso deixei de trabalhar com esse jornal. Foi quando praticamente fui obrigada a aceitar o desafio de dar vida e colocar em andamento um jornal próprio, nosso; vinculado a São Mateus”, diz Lucy.
“Assim que rompi a relação com o jornal de Itaquera, comuniquei ao saudoso professor Antônio Carlos de Souza, do Colégio São Mateus, então administrador regional da subprefeitura São Mateus, um cidadão exemplar que se interessava pelos assuntos de São Mateus e acompanhava atentamente a divulgação praticamente se negou a aceitar a nova situação, estimulando e apoiando fortemente a criação de um jornal ‘nosso’. Lembro que ele na ocasião insistiu tanto, chamou o Carlos Biadolla, da Contabilidade Molina pedindo que abrissem uma empresa me colocando no centro dessa tarefa, o jornal. Isso foi há 26 anos”, explica a diretora que nunca mais conseguiu “se livrar” dessa nobre tarefa.
De lá para cá, tudo foi muita luta e persistência. Não foram uma ou duas vezes em que concorrentes; uns com lealdade e outros nem tanto buscaram seus espaços de imprensa na região, muitas vezes com métodos e comportamentos que além de agressivos, eram injustos e desleais. “Seus jornais e revistas se foram, nós não”, sentencia.
Desde lá, no início da década de 90 o jornal ainda é referência; principalmente na interlocução entre as demandas sempre presentes e gritantes das comunidades e o poder público. Desde lá, em diversos casos, seus registros em forma de reportagens e matérias serviram como alavanca para a solução de problemas ou de alento para as lutas das comunidades. Serviu e serve também de forma exemplar e isenta como um instrumento de divulgação das ações do poder público nos três distritos oferecendo um alcance de informação não realizado.
“Se existe o jornal isso se deve ao professor Antônio Carlos que nos deixou no ano passado. Nem uma ou duas vezes chorei lágrimas se sangue, pensei diversas vezes em desistir, mas, vamos, nos envolvendo também com as pessoas e praticamente não consigo mais recuar. Hoje, o GSM faz parte da história de São Mateus com vitorias e derrotas e principalmente envolvimento nas questões mais cruciais das comunidades: educação, saúde, transporte, segurança, zeladorias; divulgação de atos e ações cidadãs de toda ordem. Enfim cumprindo o papel de imprensa regional da melhor forma”, finaliza.
Um dia, quem sabe o reconhecimento justo de tanto esforço também venha à tona! (JMN)

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