Em julho deste ano, na cidade de São Paulo, foi criado um projeto de lei que concebe o programa “Escolhi Esperar”, onde seu principal objetivo é apresentar a abstinência sexual como método contraceptivo para os alunos da rede municipal de ensino.
Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), apontam o Brasil como um dos países que possuí uma das maiores médias de recém-nascidos em mães adolescentes na América Latina: a cada 1000 jovens que apresentam a idade de 10 a 19 anos, nasce em média 68,4 bebês no Brasil, ao mesmo tempo essa média na América Latina é de 65,5.
Projetos de lei, como apresentado na cidade de São Paulo, apontam um retrocesso sem tamanho nas questões ligadas a Educação Sexual, além da discriminação implícita, visto que só são levadas em conta as relações sexuais heteronormativas.
Apesar da Educação Sexual ser tema transversal na grade curricular de ensino, ela é trabalhada de forma deficitária, tendo como consequência, os números astronômicos de gravidez na adolescência em território nacional.
O Boletim Epidemiológico HIV/Aids revelou aumento de 64,9% das ISTs nos jovens de 15 a 19 anos, entre 2009 a 2019, dados como esse, nos exemplificam a importância de uma discussão saudável e eficiente sobre relações sexuais entre os jovens, uma vez que IST são extremamente prejudiciais.
Necessitamos de uma Educação Sexual efetiva, onde todos sejam ensinados sobre métodos contraceptivos eficazes e o quanto doenças sexualmente transmissíveis podem impactar no cotidiano e não de imposição de questões morais em cima de adolescentes que provavelmente as descumprirão.
Caroline Pirolo
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