Crianças do Jardim Marilu andam quilômetros pra estudar
Moradoras do Jardim Marilu, ainda passível de regularização fundiária, região próxima ao Palanque, em São Mateus conversaram com a reportagem da GSM sobre as dificuldades de manter seus filhos na EMEI Premiano, bairro Palanque. Sem transporte escolar gratuito para locomoção das crianças as dificuldades aumentam.
Segundo Jaqueline Silva, Vanessa da Silva Dantas e Viviane Jesus, todas as três com filhos de até 05 anos de idade que estudam em escola pública, são obrigadas a percorrer, a pé, cinco quilômetros enfrentando todo tipo de dificuldades. No caminho se deparam com trechos sem calçada definida; sem sinalização viária legível, mato crescido e estacionamentos irregulares de veículos que as obrigam a atentar-se ao trajeto, não se descuidando do que vem pela frente ou pelas costas com carros circulando espremidos em determinados trechos.
Para elas há duas alternativas de caminho. A mais concorrida é pela Avenida Ragueb Chohfi, também indigesta para o pedestre e a outra cortando caminho por locais ermos onde os riscos de acidentes e contratempos ainda são maiores.
Sobre esse problema, elas gostariam de entender o porquê da retira do transporte escolar gratuito – TEG que até meados de 2016 fazia o atendimento dessa comunidade. Sabem que foi o ex-prefeito Doria que tirou, mas o motivo não, principalmente quando é do conhecimento delas que na escola, uma EMEI nas proximidades do Palanque onde suas crianças ainda frequentam alunos que moram muito, mas muito mais próximos tem o transporte que elas, naquela distância precisam para chegar a EMEI citada.
Empenhadas na volta do serviço de transporte para o Jardim Marilu, as mães já conversaram com técnicos da Delegaria Regional de Ensino – DRE e inclusive com técnicos da área da Saúde, mesmo porque o atendimento em saúde pública do Jardim Marilu, também é deficitário e quase inexistente. Parte dos moradores, aqueles que moram em casas, devem ser atendidas na UBS mais próxima, enquanto os moradores dos prédios, outrora reservados para policiais militares no projeto original, tem que ser locomover para mais longe.
Deise Achilles, liderança, presente em parte da conversa confirmou conhecer outras situações iguais, com a retirada do serviço de TEG em determinadas comunidades e se comprometeu a contribuir com o esforço pela conquista do transporte e das melhorias no atendimento em saúde.
Tanto as peruas de transporte não voltam ao prestar o serviço, como não há nenhuma perspectiva de melhora para o atendimento público em saúde para a sofrida comunidade do Jardim Marilu.
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