Consumir sem agredir

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Desde a panela que faz a sua comida até o carro que você dirige, todas as escolhas de consumo trazem algum tipo de consequência para o mundo. No entanto, se essa consequência será boa ou ruim é o que determinará se você está praticando o consumo sustentável ou não.
De acordo com o diretor do Instituto Akatu, Helio Mattar, o consumo mundial, além de estar mal distribuído, está descontrolado: cerca de 20% da população mundial concentra o consumo de 80% de todos os produtos e serviços do planeta. E, a cada ano, entram mais de 150 milhões de novos consumidores no mercado. Essa estimativa mostra que, nos próximos 20 anos, teremos três bilhões de pessoas desperdiçando alimentos, demorando demais no banho, idolatrando vitrines dos shoppings, esperando nas filas das lojas e comprando pela internet.
Esse paradigma comportamental de consumo imediatista, que busca uma satisfação rápida sem considerar as consequências, precisa ser alterado. Caso contrário, os danos provocados no meio ambiente assumirão proporções absurdas e irreversíveis. O consumo sustentável pode ser uma das soluções.
O consumo sustentável nada mais é do que o consumo responsável e consciente, sendo o oposto do consumo imediatista. Segundo estudo publicado nos Cadernos Ebape da Fundação Getúlio Vargas, a ideia de consumo sustentável surgiu gradualmente ao longo das gerações. E, nesse percurso histórico, três fatores atuaram conjuntamente para o surgimento do conceito do consumo sustentável: o ambientalismo público da década de 1970, a ambientalização do setor público da década de 1980 e a emergência da preocupação empresarial sobre o impacto que os estilos de vida e hábitos de consumo têm no meio ambiente da década de 1990.
Consumo verde, consumo consciente, consumo responsável… Para praticar o consumo sustentável é importante entender o que ele é de fato.

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