Comandante do CPAM-9 da PM fala sobre ações na região

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Comandante do CPAM-9 da PM fala sobre ações na região

A reportagem da Gazeta São Mateus em visita ao CPA/M-9 da Polícia Militar do Estado de São Paulo teve uma breve conversa com a Cel. Daniele Cristina Oliveira de Freitas, praticamente a nova comandante, visto que está há cerca de 1 ano no comando. A coronel demonstrou interesse e gostar da região que considera muito acolhedora. “Temos feito o nosso padrão de atividade em servir a sociedade e principalmente quem é merecedor, as pessoas de bem”, iniciou.

“Estamos conseguindo dar mais visibilidade para a presença do policial nas ruas, trabalhando com afinco nas operações ‘pancadão’ com reuniões periódicas preparativas envolvendo outros entes públicos, como, por exemplo, o Conselho Tutelar dado ao fato de que é grande a presença de crianças e adolescentes nos ‘pancadões’ que ocorrem na região sem que os pais tenham conhecimento”.

A coronel demonstrou compreensão sobre o aspecto social quando constata que em determinadas localidades esses bailes são praticamente a única forma de lazer. A questão da segurança passa pelos abusos com relação ao barulho excessivo, o comprometimento da circulação de pessoas e veículos, a presença do tráfico, da bandidagem, dos excessos quanto o atentado ao pudor, a bandidagem que em geral se faz presente e notadamente a corrupção do menor em ambiente inapropriado.

Em função da complexidade de equacionar e coibir esses abusos, a Guarda Civil Metropolitana, comandos da PM da capital e região metropolitana e também o conselho tutelar participam desse esforço. “Nossos policiais já testemunharam casos em que os pais não têm conhecimento de que seus filhos estão nesses ambientes, e a ideia é que, também e principalmente, a família se envolva no enfrentamento desses problemas”, assinala.

É público e notório que a região é alvo de desmatamentos da vegetação nativa e de invasões para efeitos de moradia. Por causa disso há ocorrências, vez ou outra, de ações de reintegração de posse que é quando a PM é acionada para proteger o trabalho do oficial de justiça e o cumprimento de eventual ordem judicial de remoção, como tem sido na maioria dos casos. A coronel avalia que há antes das ocorrências extremadas um papel a ser desempenhado e cumprido pela polícia ou guarda ambiental e do município que tem entre suas prerrogativas apreender máquinas que estejam desmatando conforme tem ocorrido. A ação imediata da polícia ambiental inibe e dificulta a consolidação da invasão. Cabe também aos proprietários, no caso de propriedades privada e de particulares, acionar a justiça para evitar e em último caso propor a reintegração. Na reintegração a decisão sobre quem fica e onde fica não é competência da polícia.

A comandante tem clareza quanto há a questão social que ocupações para fins de moradia comporta, mas em diversos casos é visível o dedo da criminalidade causando mais problemas que solução. Não são poucos os casos em que oportunistas usam da boa fé ou da necessidade extremada das famílias por moradia para tirar proveito da situação em flagrante crime de estelionato. Nos próximos dias está prevista uma reintegração de posse de terreno invadido onde aparentemente tem a ação nociva desses aproveitadores; eles mesmos, nunca vitimas da remoção.

De qualquer forma determinação judicial se cumpre e quando acionada a Polícia Militar deve fazê-lo independente do juízo pessoal que a corporação possa fazer. É por essa razão que a comandante Daniele tem o cuidado de ao receber ordem para o despejo tentar fazer da forma mais organizada, pacifica e tolerante possível. “De preferência com a solução chegando antes dos prazos finais de desocupação”, considera.

Com relação aos desmanches ilegais de veículos o combate é permanente. As ações são sempre feitas em acordo e conjuntamente com o Departamento Nacional de Trânsito – Detran que tem legislação própria para dar conta do que é legal ou não. Há casos de desmanches regulares e autorizados a funcionar que precisam dar conta sobre procedência das peças que comercializam e que também, por oportunismo, comercializam material de procedência irregular. Cabe a fiscalização do Detran essa verificação e a PM acompanhar a ocorrência e tomando providências de suas competências.

Em recente operação em desmanches nas proximidades do rodoanel a PM, por exemplo, pode constatar muito material, fruto de roubos; produtos de criminalidade e tanto quanto possível fazem as ocorrências que são seguidas pela Polícia Civil a quem cabe investigar.

 

Contato com as comunidades

Segundo a comandante a Polícia Militar está orientada a se aproximar das comunidades e com elas ter mais interlocução. Isso passa também pela relação de aproximação com os ambientes de escola e com famílias, pais e mães. Nesse sentido estão utilizando também as redes sociais em grupos por localidade onde se trocam informações uteis, nem todas, apenas sobre segurança pública. É uma aproximação válida, considera o comando.

A Polícia Militar, sob o seu comando, também participa de reuniões nas Delegacias Regionais de Ensino DRE’s para tratar de prevenção e segurança escolar, ou seja, validando todo tipo de relacionamento institucional que possa contribuir pela melhoria da segurança.

Por fim Daniele soma-se a voz daqueles que acham que é preciso nesses tempos de rede social, de velocidade e acesso a informações aumentar a aproximação entre pais e filhos. “É preciso que se eduque; aquela educação primária, a tarefa da escola é outra, que se coloquem limites e responsabilidade aos filhos; que criem os filhos protegendo, mas não acobertando e se isentando de responsabilidades, ou seja, participar mais e de forma mais atenta ao cotidiano e comportamento de filhos”.

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