Com novos vereadores PT e PSDB empatam na Câmara
Bancadas dos dois partidos somam agora dez vereadores cada; prefeito Fernando Haddad (PT) terá de recompor base aliada
A vida do prefeito Fernando Haddad (PT-SP) administrando a cidade de São Paulo deverá ficar um pouco mais difícil. É que agora, empatados as bancadas do PT e do PSDB, seu maior adversário com o mesmo número de vereadores. São dez para cada lado. Se antes já não era um mar de rosas, agora espinhos poderão estar no caminho de cada ação proposta pelo Executivo.
Claro que esse raciocínio só faz sentido se o PSDB, enquanto legenda na Câmara dos Vereadores mantiver a mesma oposição que faz em nível estadual e federal. É publico e notório que nesses meses iniciais de 2015 a fervura do PT patrocinada pelo adversário é cada vez mais intensa.
Mas, em contrapartida, como a câmara também é um espaço de intensas e nem sempre probas negociações de varejo a balança vai pender para um lado ou outro a depender do volume de concessões que possam ser feitas pela coligação que administra a cidade.
Essa movimentação recente é resultante também dos resultados das disputas para deputados estadual e federal na Assembleia Legislativa e Congresso Nacional. Houve vereadores que foram eleitos para as duas casas em disputa. Alguns novos assumem, mas grosso modo parlamentares do baixo clero, em tese, estreantes ou recém-retornados a Casa. Claro que há que se levar em conta que os eleitos ou guindados que lá adentram tem a incrível capacidade de se adaptar com muita facilidade. Num espaço onde vale mais o pragmatismo, o interesse pessoal ou paroquiano, a grande politica, que a cidade por conta de seus tamanho e importância exige, ficam em segundo plano.
Com a atual composição, apesar do PT permanecer na liderança dos trabalhos, nada impede que sejam contestados no final deste ano quando se disputa novamente a presidência da casa. O critério, observado até agora para a presidência da casa que é do petista Antônio Donato costuma ser definido pela proporção: a maior bancada índica o presidente, empatados como estão agora o critério é rebaixado. Seguindo o mesmo critério os cargos logo abaixo são preenchidos pelas posições seguintes o que explica o PSDB comandando hoje a primeira secretaria, o segundo cargo da Casa.
A depender do vigor peessedebista e da oposição ao prefeito na Câmara e o desgaste do PT a vontade dos tucanos poderá ser de disputar a presidência. Segundo o líder dos tucanos, Andrea Matarazzo as constantes dificuldades para aprovar os seus projetos podem se agravar com uma possível recomposição e reposição da base do governo. Por sua vez, o vereador Arselino Tatto (PT) já reconhece que poderá enfrentar problemas, mas ainda acredita num diálogo aberto com os novatos para diminuir a tensão e eventualmente conseguir aliados.
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