Quem passa na altura do número 23.000 da Avenida Sapopemba, mais precisamente no trecho que foi inaugurado em 2016, provavelmente não tem a menor ideia do que acontece no interior de uma extensa área do lado esquerdo de quem está indo em direção a Mauá.
Ali, funciona o Aterro Sanitário CTL – Central de Tratamento de Resíduos Leste, uma obra de engenharia gigantesca, que recebe diariamente, de segunda-feira a sábado, uma média de 7 mil toneladas de resíduos domiciliares, mais conhecido como lixo doméstico. Todo esse volume é gerado pela população de apenas metade da cidade, em 19 subprefeituras, nas zonas leste e sul, e é coletado pela Ecourbis Ambiental
Quem tem a oportunidade de conhecer o interior do aterro, geralmente fica surpreso com todos os cuidados que são adotados no local. O motivo é que muitas pessoas têm no imaginário a figura de um lixão, com crianças e adultos andando no meio dos sacos em busca de algo que possa ser usado ou vendido. No Aterro CTL, porém, os caminhões mal descarregam os resíduos em uma área específica e tratores passam por cima para compactá-lo. Na sequência, todo o material é coberto com terra. Há, ainda, a captação e tratamento do chorume e do biogás.
Vale destacar que todo o terreno onde o lixo é depositado é impermeabilizado com mantas de Polietileno de Alta Densidade (PEAD), portanto, não há risco de contaminação do solo e de águas subterrâneas. Essas são medidas obrigatórias, determinada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).
Mas há um problema. A área da Central de Tratamento de Resíduos Leste é a última disponível na cidade de São Paulo, e, quando a vida útil do aterro terminar, algo previsto para 2026, a gestão de resíduos na capital paulista tende a enfrentar sérios problemas.
Para evitar que isso ocorra, a Prefeitura de São Paulo solicitou à Ecourbis uma proposta para a construção de um ecoparque, equipado com uma Unidade de Recuperação Energética (URE), em uma área dentro do terreno do aterro.
Os termos acima ainda não são muito conhecidos do público em geral, mas ecoparque na área de gestão de resíduos significa um local com diferentes tecnologias e sistemas para tratar e valorizar os materiais descartados pela população. Quanto à URE, ela consiste em um equipamento de queima controlada da massa de resíduos, com geração de energia. A maior parte do custo de uma URE é com sistemas de filtros e tratamento de gases.
Além do benefício energético, as UREs contribuem para o aumento da vida útil do aterro, pois cada tonelada de resíduos é transformada em aproximadamente 150 quilos de cinzas, que ocuparão bem menos espaço na CTL. Essa solução é utilizada em muitos países desenvolvidos, como por exemplo o Japão.
Apesar de o conceito de uma URE prever a queima do resíduo para gerar energia, é importante observar que o equipamento é totalmente diferente dos incineradores que foram usados no Brasil décadas atrás, principalmente por conta de sua eficácia e segurança.
VISÃO DE FUTURO
Considerando que a geração de resíduos em São Paulo continuará crescendo e a disponibilidade de espaço para garantir a destinação final adequada do material vai ser cada vez menor, a busca por soluções tecnológicas mais avançadas é uma necessidade cada vez mais urgente.
Ao longo de 20 anos de trabalho, a Ecourbis Ambiental demonstrou mais de uma vez a sua responsabilidade, seriedade e comprometimento em fazer sempre mais e melhor quando o assunto é cuidado com o meio ambiente e as pessoas. Especificamente na zona leste, foi assim com a construção da Central de Tratamento de Resíduos Leste, em 2010.
Além de cumprir todas as determinações legais dos órgãos ambientais, a Ecourbis adotou outras iniciativas inovadoras. Um ano antes, em 2009, ela instalou um viveiro próprio de árvores nativas da Mata Atlântica, o EcoÍris. Dessa forma, em vez de simplesmente adquirir no mercado mudas para replantio como compensação ambiental, a empresa fez um estudo para saber quais as espécies que faziam parte daquele bioma antes de a ação humana comprometer a sua perpetuação.
Desde o início de suas atividades, o Viveiro EcoÍris produziu e entregou mais de 300 mil mudas de espécies nativas, com a maior parte plantada no entorno do aterro e em outros locais da cidade de São Paulo.
Com o objetivo de manter a população de São Mateus e região bem-informada a respeito dos planos de expansão da área do aterro, a Gazeta de São Mateus acompanhará de perto todas as atividades desenvolvidas pela Ecourbis.
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