Prefeitura inaugura no Canindé primeira Vila Reencontro com moradias exclusivas para pessoas com deficiência

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O prefeito de Ricardo Nunes inaugurou nesta sexta-feira (14 ) a sétima Vila Reencontro da cidade e a primeira com moradias temporárias para acolher Pessoas com Deficiência (PCDs), modelo que será implementado nas próximas unidades do equipamento. A nova vila, localizada no Canindé, poderá receber até 192 pessoas.

Com a abertura de mais essa unidade, São Paulo chega à marca de 1.960 vagas de acolhimento no Programa Reencontro. “A gente já está recebendo pessoas para morar aqui na Vila Reencontro Canindé. Temos 54 pessoas, 23 mulheres, 10 homens, 15 crianças e 6 adolescentes. Mais um passo de uma longa jornada, uma longa caminhada que nós estamos dando juntos”, ressaltou o prefeito Ricardo Nunes durante a entrega oficial do equipamento.

O prefeito explica que a Vila Reencontro é um espaço para as pessoas terem autonomia com toda a infraestrutura. “Os módulos têm banheiro, cozinha. Se for um casal com uma criança pequena, por exemplo, a casa tem uma cama de casal e um berço. Aqui tem café da manhã, almoço e jantar, a horta comunitária, playground e aparelhos de ginástica para as pessoas poderem se exercitar”, detalhou.

Segundo Nunes, um dos pontos mais importantes deste programa é o atendimento que é feito para que as pessoas se preparem para o futuro. “Oferecemos cursos profissionalizantes e todo acompanhamento para que as pessoas possam buscar a sua autonomia e ter um trabalho. Assim, a pessoa pode tocar sua vida com dignidade e com qualidade. Apenas das Vilas Reencontros, 179 pessoas saíram porque arrumaram emprego e alugaram uma casa, fruto de seu trabalho, da sua luta”, destacou.

Mudança de vida

De olho em um futuro próspero, o vigilante Nelson Rodrigues, 53 anos, diz que estar na Vila Reencontro Canindé “é o primeiro passo” para mudar de vida. Ele conta que estava em situação de rua e que o filho de 7 anos morava com a ex-mulher. Depois que a mãe passou por problemas de saúde, a criança foi para um abrigo. Agora, os dois estão juntos novamente. “O pessoal me deu essa oportunidade, fiz a inscrição e Deus abençoou com essa casa”.

Segundo ele, na primeira noite em que dormiram juntos na Vila Reencontro, o filho dizia “estou sonhando”. “As coisas vão acontecendo, Deus vai abençoando e agora estamos em paz. Está ótimo, tem tudo! Tem cama, tudo novo. Tem brinquedos para o meu filho brincar. Está ótimo”.

Já Alexsandro Leal Félix, 43 anos, monitor de albergue, conseguiu voltar a morar com a esposa e o filho de 5 anos e diz esperar “grandes conquistas” com esta oportunidade. “Perdi o emprego, fui despejado e acabei indo para um albergue sozinho. Consegui uma colocação pelo POT, subi de cargo e virei monitor. A expectativa daqui para frente é uma casa nova, trabalho, uma educação bem melhor para o meu filho. Eu espero grandes coisas para a minha vida”.

Robson Mendonça, presidente do Movimento Estadual das Pessoas em Situação de Rua, disse que tem conversado com as pessoas da Vila Reencontro e todo mundo está gostando. “Tudo o que uma pessoa em situação de rua precisa é de privacidade, um lugar em que a criança possa brincar e uma chance de recomeçar”.

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