São Mateus um dos maiores e mais populosos bairros da Z L merece bem mais que simples zeladoria

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Neste mês do 73º aniversário de São Mateus, nosso bairro cidade e seus milhares de habitantes merecem todos os aplausos, homenagens e festejos, mas sobretudo respeito e valorização por parte dos gestores. É inadmissível que um dos maiores e mais importantes bairros da Zona Leste de São Paulo conte com uma subprefeitura engessada por um orçamento limitado, que não corresponde nem de longe a sua realidade de necessidades e carências.

Avenida Aricanduva, cartão de visita com a maquiagem perfeita

Para se ter ideia, nossa região é cortada por 37 córregos, dois rios: Aricanduva e Rio das Pedras, e um ribeirão: Aricanduva. No entanto, a maioria como, por exemplo, o córrego do Germano, não passa por intervenção há pelo menos 30 anos! O assoreamento do córrego do Germano já está derrubando as casas, o número de ocupações e moradias irregulares avança velozmente, enquanto processos de regularização fundiária hibernam no fundo de alguma gaveta, esquecidos.

Os moradores do entorno do Córrego do Germano, aguarda 35 anos a canalização do mesmo, muitas lutas pelos moradores já foram feitas, ate o momento em vão, quando morrer uma família, talvez a tão sonhada obra aconteça

Se por um lado temos um comércio pujante, monotrilho, grandes redes de renome, como Casas Bahia, Magazine Luiza, vários bancos, empresas e cartório de registro civil, do outro ainda faltam o Fórum – já aprovado, mas até agora não saiu do papel, uma Delegacia da Mulher e uma rede de saúde mais estruturada.

 

Sr. Vilson luta á anos na Defensoria Pública e Subprefeitura de São Mateus a canalização do córrego Cambussu e a abertura da rua Vitaliano Roteline, porque tem quatro casas obstruindo a rua construída indevidamente

Para onde foi o orçamento de São Mateus?

Criada inicialmente para receber pedidos e reclamações, solucionar problemas e cuidar da manutenção do sistema viário, rede de drenagem, limpeza urbana, vigilância sanitária e epidemiológica, a Subprefeitura hoje só responde pela zeladoria – cortar mato, limpar praças -, desde que tudo passou a se concentrar nas secretarias. E quando a população cobra, a história é a mesma: falta dinheiro.

Por um lado, a Avenida Mateo Bei, com seus diversos estabelecimentos, tudo bem cuidado, a Avenida Aricanduva verdadeiro cartão-postal, revitalizada, com paisagismo, limpa, organizada. Mas quando nos dirigimos ao fundão da região, abandono total, tipo casas construídas no meio da rua e ninguém se mexe. Cabe a nós, moradores, trabalhadores, empregadores, estudantes e cada um dos milhares de habitantes de São Mateus nos mobilizar, reivindicar e ficar de olho para que o sonho dos pioneiros que construíram nosso bairro não vire cinzas.

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