Projeto da Prefeitura propõe gratuidade dos serviços de cremação de corpos a população de baixa renda. Entenda a discussão
Na estreia do programa “Bate Papo com Lucy Mendonça e Adriano Diogo”, ex-secretário do Verde e do Meio Ambiente no canal do Jornal Gazeta São Mateus no Facebook, o assunto foi cremação social.
“Nossa proposta foi esclarecer dúvidas a respeito do tema, foco do Projeto de Lei 389/21 da Prefeitura de São Paulo, aprovado em caráter emergencial pela Câmara Municipal em julho”, cita a diretora Lucy Mendonça. O PL institui o programa de Cremação Social, que concederá gratuidade dos serviços de cremação de corpos a população de baixa renda na capital paulista.
João Batista, secretário de comunicação do Sindsep, Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo, esclareceu que a entidade não se opõe ao projeto de lei, tendo em vista que a maior mortalidade por covid-19 se dá na população mais pobre, porém é necessária uma análise mais aprofundada.
Para Adriano Diogo, “a população precisa ficar atenta e compreender o que está por trás da decisão do governo em se construir quatro crematórios municipais ao mesmo tempo (todos dentro do Cemitério da Vila Alpina), pela iniciativa privada e em meio a uma pandemia, com uma cara de projeto social”.
Sala Ecumênica
“O crematório da Vila Alpina foi criado em 1974 em plena ditadura militar e até hoje é o único crematório público de São Paulo. Sempre defendemos que se construíssem mais quatro nas regiões Norte, Sul, Leste e Oeste. É preciso ainda atentar para que corpos de desaparecidos não sejam cremados sem a identificação das famílias”, alerta Adriano.
Ele destaca também o fato de que o Serviço Funerário Municipal contratará com dispensa de licitação duas empresas para ampliação do crematório da Vila Alpina, num total de mais de R$ 3 milhões.
Enterro social – “Já existe no município, no caso de enterro para família de baixa renda, possibilidade de solicitar enterro social gratuito, todavia, o Serviço Funerário Municipal decretou que, para ter direito, precisa ser inscrito no CRASS Cadastro Único. Muitas vezes o falecido não está registrado e a família acaba arcando com o custo. Antes, era só apresentar uma declaração de pobreza na própria agência. Mas, quando se aprovou a proposta de concessão e privatização do serviço funerário, mudaram as regras. Isso precisa ser revisto, já que pode causar distorções também na cremação social”, cita João.
Em 2020 o governo municipal aprovou uma lei de concessão e privatização que permite à funerária municipal conceder a empresas privadas a concessão do serviço. Por entender que tal medida representa aumento de custos, o Sindisep brecou o edital. “A Prefeitura tem até janeiro de 2022 para concluir o processo. Dificilmente conseguirá, pois são 22 cemitérios, crematório, fiscalização, tráfego, administração, agências, não é nada simples”, comenta o sindicalista.
Cremação – Trata-se do processo que incinera de forma rápida e higiênica, por meio de equipamentos de alta tecnologia projetados exclusivamente para este fim, o corpo do falecido, juntamente com a urna. Ao longo dos anos, a procura por cremação cresceu consideravelmente. Em 2020, 12.227 corpos foram cremados em São Paulo, cerca de mil cremações por mês.
Por Gazeta São Mateus
Bate papo com Lucy Mendonça do dia 30/08 teve entrevista com o Medico Cândido Vaccarezza
15 de setembro de 2021
Leave a reply Cancelar resposta
-
Natal com boas energias
17 de dezembro de 2019 -
Prefeitura de SP volta atrás e mantém o rodízio de veículos nesta sexta-feira
14 de junho de 2019 -
3ª CIA Título: POLICIAL MILITAR VÍTIMA DE ROUBO.
29 de janeiro de 2020