SP teve 39 mil indenizações do seguro DPVAT pagas em 2018

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Só a capital teve 8 mil indenizações; estado tem maior frota de veículos do país. Governo Bolsonaro decidiu acabar com o seguro a partir de 2020.

O estado de São Paulo teve 39.176 indenizações pagas nas três modalidades de coberturas do seguro de veículos Danos Pessoais por Veículos Automotores Terrestres (DPVAT): morte, invalidez e despesas com assistência médica. Na segunda-feira (11), o presidente Jair Bolsonaro acabou com o seguro obrigatório a partir do ano que vem. Ao todo, mais de 328 mil indenizações foram pagas no país no ano passado.

Na cidade de São Paulo foram pagar 8.177 mil indenizações em 2018. Os números estão no relatório anual da seguradora líder que é a administradora do seguro DPVAT.

Para Sérgio Eizemberg, comentarista de mobilidade do SP1, o fim do benefício vai prejudicar justamente os mais pobres. “Se a fraude é problema para parar a atividade então fechem-se… Controle-se a fraude”, opina.

Os pedestres vêm logo após os motoristas quando se fala em indenização por acidente de trânsito com o seguro DPVAT. Os motoristas e motociclistas com a documentação em dia pagaram entre R$ 16,21 e R$ 84,58 de seguro obrigatório este ano. Foi um valor baixo perto da ajuda que a indenização do DPVAT representou para o Bruno Menin, que está desempregado

Ele tem 21 anos e faz fisioterapia no Centro de Reabilitação Lucy Montoro. Ele ficou entre a vida e a morte após um acidente grave e vai receber uma prótese em breve. A mãe do Bruno parou de trabalhar para cuidar dele. Os R$ 9 mil do DPVAT foram fundamentais.

No ano passado, o DPVAT pagou mais de 39 mil indenizações no estado de São Paulo. Mais da metade por invalidez permanente. 69% das vítimas de trânsito que receberam são homens e a maioria tem entre 25 e 34 anos.

O promotor de vendas Jeferson Martins de Oliveira veio de Taiobeiras, em Minas Gerais. Há quase um ano sofreu um acidente de moto. Perdeu três membros e se reabilita com o apoio da mãe. Ele recebeu R$ 13.500 do seguro obrigatório.

Por Giba Bergamim

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