Bruno Covas apresenta melhora na embolia pulmonar e novo coágulo perto do coração, diz boletim
Prefeito foi diagnosticado com um câncer e está hospitalizado para tratar trombose com embolia pulmonar. Não há previsão de alta.
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas(PSDB), fez uma tomografia, na manhã desta segunda-feira (4), que mostrou melhora no tromboembolismo pulmonar. No entanto, novos exames detectaram um pequeno trombo (coágulo) no átrio direito, junto ao cateter venoso central por onde foi injetada a quimioterapia, perto do coração. Após o surgimento do novo coágulo, os médicos decidiram manter a internação para adequar a medicação.
“Um ecocardiograma realizado dia 3/11 no prefeito Bruno Covas mostrou novo coágulo, no átrio direito. Exames subsequentes, entre os quais uma angiotomografia arterial e venosa do tórax, demonstrou redução dos sinais de tromboembolismo pulmonar e o surgimento de um pequeno trombo junto ao cateter venoso central. Por isso, a equipe médica decidiu pela permanência hospitalar para adequação da anticoagulação”, diz o boletim médico divulgado na manhã desta segunda.
Covas passou pela primeira sessão de quimioterapia no dia 30 de outubro e não teve sintomas. O tratamento contra o câncer pode ser feito em ambulatório, mas o motivo da internação do prefeito era a trombose com embolia pulmonar – que desde sexta-feira (1º) era considerada “sob controle”.
Ao todo, Covas fará três sessões de quimioterapia na primeira fase do tratamento. A próxima sessão será realizada daqui a duas semanas.
Internação e descoberta do câncer
Inicialmente, Covas foi internado na quarta-feira (23) no Hospital Sírio-Libanês para tratar uma erisipela, que é uma infecção na pele causada por bactérias. Dois dias depois, foi diagnosticado com quadro de trombose venosa das veias fibulares, que fica na perna.
No sábado (26), outros exames diagnosticaram tromboembolismo pulmonar e um tumor no trato digestivo. Por fim, outro exame, uma laparoscopia (cirurgia minimamente invasiva) feita na noite de domingo (27), confirmou o tumor maligno.
A equipe de médicos explicou que esse tipo de tumor que atinge o prefeito é relativamente frequente, mas mais raro nos jovens. Covas tem 39 anos.
Além do tumor na transição entre o esôfago e o estômago, Covas possui pequenas lesões no fígado e nos gânglios linfáticos. Isso se deve a um processo denominado metástase, que se caracteriza pela migração de células do tumor para outras partes do corpo. De acordo com os médicos, a doença foi traiçoeira, porque não havia sintoma no local.
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