UBS do Palanque realiza projeto pioneiro de aleitamento materno

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O “sextou” para um grupo de grávidas e mães em fase de amamentação tem um sentido especial. Toda sexta-feira, às 13h, é dia de reunião no estacionamento cimentado da UBS CDHU Jardim Palanque, para compartilhar saberes com diversos profissionais de saúde, incluindo enfermeiras e médicos, que integram o Centro de Apoio à Lactação – Cenalac –, um projeto pioneiro no Brasil, que capta leite humano e encaminha para bebês internados na UTI neonatal do Hospital Municipal Dr. Alípio Correa Netto, em Ermelino Matarazzo, para onde são encaminhadas as crianças da região de São Mateus.

As mulheres que participam do Grupo de Apoio ao Aleitamento Materno Exclusivo – GAAME – recebem orientações, apoio psicológico, tiram dúvidas, fazem uma avaliação do peso e da saúde do bebê e da mãe.

Aquelas que produzem uma quantidade maior de leite fazem a coleta e estocam em embalagens de vidro, no congelador de casa, para levar à UBS, a reunião de sexta. Alki também há um freezer para a guarda, a uma temperatura entre -12 a -22º. O Cenalac funciona desde agosto do ano passado e nesse espaço de pouco mais de um ano aumentou tanto as doações de leite materno, que foram necessários mais dois freezers para armazenamento, no Hospital Alípio Netto.

A Coordenadora de Aleitamento Materno e assessora técnica da Supervisão de Saúde de São Mateus, Edjane Araújo, explica que a mulher que participa desses encontros tem apoio para si, para a família, amamenta, escuta e fala tudo o que gostaria, aprende, troca experiências, pesa o bebê, doa o leite. “Mais importante ainda, cria vínculos e tem o apoio da rede”, acrescenta.

O apoio ao aleitamento materno faz uma grande diferença na vida de um bebê. Edjane informa que protege contra doenças infecciosas e melhora a capacidade física e mental da criança. “Com isso, a mãe vai ter menos ausência ao trabalho e mais tranquilidade para deixar a criança em uma creche, quando chegar esse momento, levando seu leite congelado, para dar continuidade à amamentação até dois anos ou mais”, observa.

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