Em meio à alta de feminicídios em SP, Doria lança campanha contra a violência doméstica

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Campanha intitulada ‘Feminicído, não” tem vídeo com depoimentos reais de mulheres agredidas por ex-companheiros. Como o G1 e a GloboNews mostraram, os casos de feminicídio aumentaram 54% no estado no 1º quadrimestre.

O governo de São Paulo lançou nesta quinta-feira (13) uma campanha publicitária contra o feminicídio, que aumentaram 54% no 1º quadrimestre de 2019 no estado, de acordo com levantamento do G1 e da GloboNews. De janeiro a abril deste ano, 54 mulheres foram vítimas do crime contra 35 no mesmo período de 2018.

No vídeo da campanha, mulheres que sofreram agressões de seus ex-companheiros aparecem o “objetivo de despertar o engajamento de toda a sociedade no combate à violência doméstica, inclusive com denúncias de agressores à polícia e à Justiça”. Uma delas é Daniela Gasparim, que teve mãos e dedos cortados “devido ao ciúme do ex-marido”.

Como o G1 e a GloboNews também mostraram, os crimes de lesão corporal por violência doméstica aumentaram 14% nos últimos 3 anos no estado. No 1º trimestre de 2016, 6.937 casos de lesão corporal no âmbito da violência doméstica foram registrados, contra 7.907 nos primeiros 3 meses de 2019

O governador de São Paulo, João Doria, também relembrou nesta quarta as medidas adotas pelo seu governo contra a violência doméstica. O governo paulista já inaugurou em 2019 dez Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs) que atuam em sistema 24 horas. O serviço funciona em Sorocaba, Santos, Campinas e na capital.

Das 133 DDMs de todo o estado, 16 ficam na Grande São Paulo e 108 estão no interior e litoral. Todas seguem o Protocolo Único de Atendimento, de forma a padronizar e humanizar o tratamento a mulheres vítimas de violência. Outra meta, segundo o governo, é que o acolhimento seja feito, prioritariamente, por delegadas e escrivãs.

Também foi lançado aplicativo SOS Mulher, em que mulheres que já contam com medidas protetivas podem acionar a polícia com um simples toque na tela do celular em caso de risco iminente. “As mulheres devem denunciar qualquer ameaça que recebam, dentro ou fora de suas casas, em qualquer circunstância”, afirmou o governador.

Outro serviço em fase de implantação é a Casa da Mulher Brasileira. O centro especializado vai oferecer serviços como acolhimento 24h, delegacia e juizado de violência doméstica, cela de detenção para agressores e equipe multidisciplinar de apoio a vítimas.

O Novo Hospital Pérola Byington, segundo o governo, vai ampliar os serviços de saúde da mulher. A meta é ampliar em 50% a capacidade de atendimento em comparação ao atual Centro de Referência de Saúde da Mulher – no ano passado, foram cerca de 4.200 atendimentos. As obras devem começar em agosto.

No site da campanha é possível obter mais informações e acessar todos os endereços das Delegacias de Defesa da Mulher 24 horas no estado.

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