E sobre o calor que nos aquece além da conta

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Você deve estar se perguntando se uma amostra grátis do inferno subiu a tona, tal é a intensidade e insistência do calor que nos atinge aqui em São Paulo nesse janeiro que está quase 3º C a mais do que a média dos últimos 40 anos. A humanidade com seus pecados está fazendo por merecer, entretanto é menos mitológico e mais realidade.
A cidade é uma verdadeira ilha de calor com sua impermeabilização quase que total que em recebendo o calor do sol que está na origem de toda vida, faz refletir esse calor para o ambiente botando a gente para suar e cozinhar.
Somos vítimas do ataque que a ação humana provoca com a destruição da camada de ozônio por causa do efeito estufa, camada esta que tem como função filtrar os raios solares entre os que trazem benefício e malefício a vida humana em toda sua forma.
O efeito estufa é a forma que a Terra tem para manter sua temperatura constante sem grandes sobressaltos. A atmosfera é bastante transparente à luz solar, entretanto 35% da radiação que recebemos aqui é refletiva de novo para o espaço, sendo que o restante 65% fica retido na Terra. Detalhando um pouco, esse movimento deve-se principalmente ao efeito sobre os raios infravermelhos de gases como o Dióxido de Carbono, Metano, óxidos de Azoto e Ozônio existentes na atmosfera. Esses e outras concentrações de gases contribuem para o efeito estufa.
Dito e repetido até a exaustão o aquecimento global da terra está estimado em até 6% neste século. Pode não parecer nada, mas é o fim da vida como conhecemos, portanto muito mais sério que a amostra grátis do inferno.
Desde a época pré-histórica o dióxido de carbono [CO2] tem papel determinante na regulação da temperatura do planeta. Quando se aumenta o uso de combustíveis fósseis, carvão, petróleo e gás natural, a concentração de CO2 é praticamente duplicada através também do abatimento massivo de florestas, da vegetação nativa tornando o aproveitamento do CO2 para se transformar em oxigênio e carbono mais lento e demorado, em longos ciclos, levando a situação que nos encontramos.
Vale lembrar que é nas plantas que o dióxido de carbono, onde, através da fotossíntese, forma o oxigênio e o carbono que é utilizado pela própria planta Ai ficamos nós aqui arrancando todas elas que ‘atrapalham a nossa passagem ou a nossa casa’. Lembre-se cada qual faz sua parte para que o todo seja feito, mas sigamos agora para entender os efeitos do calor excessivo em nosso corpo.
Com ao aumento da temperatura, aumenta o risco de desidratação; o coração precisa trabalhar mais, a pressão pode cair e a pessoa sofrer desmaios. Se tiver problemas cardíacos pode ser acometido de acidente vascular cerebral (AVC) ou infarto do miocárdio.
Para conviver com essa situação evite exercícios físicos em horários de maior calor, pois os efeitos podem ser devastadores para o cérebro, rins e coração. É o que se chama de estresse térmico quando a desidratação compromete a capacidade de regular a temperatura do próprio corpo.
Em crianças e idosos a perda de líquido corporal em volumes maiores dificulta a irrigação sanguínea. Sem os devidos cuidados com os excessos e a hidratação, pode haver vasodilatação das veias, inchaços pontuais por falta de absorção de líquidos, notadamente nos membros inferiores, que podem ocasionar também infecções oportunistas do tipo erisipela que precisa ser tratada de imediato.
Ou seja, nem o inferno está na superfície, nem há razão para nada se fazer. Vai suportando o calor ai sempre hidratado; beba muita água, evite excessos, cuide-se e principalmente faça sua parte no cuidar do meio ambiente. Como se pode ver a situação a que chegamos é de nossa responsabilidade. Cabe a nós fazermos nossa parte.

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