Vereador mais polêmico de SP odiado por poucos e querido por muitos

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Em uma conversa descontraída e improvisada com a diretora do GSM, Lucy Mendonça, o vereador paulistano Camilo Cristófaro (PSB), que está às voltas com a Justiça Eleitoral que lhe cassou o mandato por captação de recursos para a sua campanha eleitoral; cassação suspensa e contestada pelo próprio por força de liminar; falou poucas e boas.
A avaliação fica por conta do leitor.
Formado em direito, esteve na fundação da Juventude Janista e com 20 anos já estava nomeado no gabinete do prefeito acompanhando-o de 1978 a 1990. Foi ainda Procurador do Estado entre 91 e 92, presidente da Companha de Engenharia de Tráfego, CET, no período de intervenção do então prefeito Celso Pitta. Foi chefe de gabinete na Câmara Municipal e diretor, entre 2002 e 2004, na Empresa de Tecnologia, Informação e Comunicação do Município de São Paulo, PRODAM. Voltou posteriormente à chefia de gabinete na Câmara Municipal de São Paulo onde permaneceu por seis anos. Ou seja, não é um estreante, faz tempo que esteve próximo aos poderes executivo, legislativo e/ou como operador do direito.
Tem como característica a rispidez, a assertiva na sua fala e atuação política e momentos de sarcasmo puro, conforme pudemos perceber na breve conversa. Também é muito hábil no uso das redes sociais onde disponibiliza vídeos e depoimentos; quase sempre de denúncias com os possíveis desmandos da administração alcançando números estratosféricos de visitação.
“Trânsito é que nem comida, todos precisam passar por isso cotidianamente. Incomodo-me com os desacertos, rodei 65 mil quilômetros entre 2015 e 2016 e produzimos vídeos onde pegamos vários radares de velocidade espalhadas e escondidos pela cidade, disfarçados em caixa de TV a cabo, da Eletropaulo, da Telefônica e tantas outras. Com a iniciativa e a denúncia que fiz já retiramos uns 120 entre 240 pontos diferentes. A medida retirou cerca de R$ 200 Milhões em arrecadação do município”, disse. Não tem como não ter se tornado um desafeto da administração.
Feito uma metralhadora carregada, o vereador lembrou que denunciou a administração do ex-prefeito Fernando Haddad com as compras de placas que foram pagas, segundo ele, por R$ 1 Mil a unidade, sendo que elas estavam disponíveis no mercado a R$ 80. Só esta denúncia teve 20 milhões de visualizações.
Também por iniciativa do vereador o projeto de aferir velocidades em vias públicas medindo entre um primeiro e segundo radar no mesmo percurso deixou de ser proposta, pelo menos por hora, em função da oposição feita por ele.
Ainda na área do trânsito, circulação e mobilidade, o vereador propõe que os painéis avisando a redução de velocidade e a existência de radares de velocidade sejam colocados antes dos locais indicados.
Também propõe para que se possa configurar de fato infração de trânsito a presença de um segundo radar de confirmação para os casos dos carros que entram nas faixas exclusivas para entrar em uma transversal a direita. Tem aqueles que simulam entrar à direita, mas seguem mais adiante na faixa proibida aos carros. “O primeiro radar registra a entrada do veículo, se em seguida o segundo radar não registrar o veículo flagrado no primeiro radar, significa que o veículo não fez a manobra indicada e ai sim deverá ser autuado”, explica.
Nem tudo, entretanto, é aparentemente para aliviar a vida dos motoristas. Camilo apoia e incentiva a instalação de radar de velocidade em túneis onde já foram flagrados automóveis praticando racha em velocidades superiores a 220 km/hora. As vans poderem percorrer também pelos corredores de ônibus é outra reivindicação do vereador.
O vereador ainda tem uma série de propostas e projetos de lei; destacamos as principais: a obrigatoriedade de cadeiras de rodas em condomínios residenciais; chip escolar; zona azul fracionada; instalação de rastreadores nos veículos de transporte escolar e afixação da lista de medicamentos disponíveis na rede pública de saúde.

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