Argumentar hoje que não tem dinheiro ou tempo para cursar uma faculdade, exigência cada vez mais presente para todo aquele que quer ser inserido no competitivo mercado do trabalho, não é uma desculpa tão forte como já foi.
Atualmente a educação superior a distância (EaD) cresce a ritmo acelerado. Uma expansão de 3,9% em 2015 com relação a 2014 e crescendo ainda mais nesses dois últimos anos. O ensino, no entanto, ainda não é o ideal e depende em muito do interesse e empenho do aluno. A modalidade tem uma carência forte no quesito relacionamento com estudantes, seja entre si, seja com os monitores e professores o que dificulta a permanência dos alunos. Dificuldades a serem superadas, de novo, com o interesse e esforço do estudante.
Em geral a modalidade EaD implica na presença do aluno em seu polo pelo menos uma vez por semana, bem melhor para quem tem pouco tempo do que ir diariamente. Entretanto, ainda há muito que se melhorar nesses próprios polos; acomodações, laboratórios, informática, às vezes funciona uma coisa e não outra.
É na rede privada de ensino que se concentra a maior parte das matrículas na modalidade. Em 2015, 90,8% das matrículas foram delas. Apesar do número crescente dos que concluem os cursos, cerca de 10% não terminam seus cursos e curiosamente em índices ainda maiores que dos cursos presenciais. Talvez as dificuldades no polo e as exigências de empenho autônomo do aluno sejam a causa.
Se há as dificuldades, o que enfraquece as desculpas dos que argumentam não poder cursar o ensino superior é o fato dos cursos EaD terem uma maior flexibilidade de preços em preços originalmente mais acessíveis. Se a tendência for mantida os especialistas dizem que em cinco anos o número de inscritos no ensino superior a distância vai superar os de inscritos no curso presencial e haverá preços para todos os bolsos.
Outro fator a garantir a tendência é o fato de que instituições de ensino, principalmente pequenas e médias que tenham bons indicadores de qualidade possam ampliar fatias do mercado, ou seja, ter em seus cursos um número ainda maior de estudantes. A regra, entretanto é imperativa: ou oferece um bom nível de ensino ou desaparece do mercado. Uma avaliação recente indicou que dos grupos que ofereceram cursos, apenas 43% foram bem sucedidas e conseguiram se estabelecer no mercado.
De qualquer forma o ensino a distância parece ser o caminho para onde a educação está caminhando, mesmo porque não há diferença do que se oferece presencialmente e do que pode ser aprendido nos cursos presenciais. Em algum momento não vai mais se saber o que é ensino presencial e a distância, mesmo porque o próprio ensino presencial tem usado de ferramentas e mecanismos que permite e pedem do aluno usar e estudar fora da sala de aula.
Outra aposta é o aumento da oferta de cursos, principalmente pelo governo de levar a educação a distância para regiões onde o acesso dos alunos é dificultado.
Com essas e outras, não dá para manter o discurso de que não tem como não continuar os estudos. Até mesmo porque já faz tempo que quem não estuda está praticamente condenado a não ser ninguém. (LM)
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