Conseg 49º DP realiza mais uma reunião

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Mais uma reunião ordinária do Conselho de Segurança de São Mateus, Conseg do 49º Distrito Policial aconteceu no dia 17 na Escola Estadual Iguatemi onde estiveram presentes: o delegado titular do 49º DP, Artur Frederico Moreira, o Tenente Moisés membro nato do conselho pelo 2º Cia do 38BPM/PM e o inspetor Figueiredo da Guarda Civil Metropolitano representando o setor da segurança, além de José Luiz Rizzo, assessor técnico da Subprefeitura de São Mateus; Douglas Alves Mendes, representando a Companhia de Engenharia do Trafego e a anfitriã do evento e diretora da escola Suzi Rocha. A coordenação da região ficou a cargo do presidente do Conseg, José Moreno Ramirez.
Tão logo os componentes da mesa se apresentaram e se colocaram a disposição teve início o rosário de sempre, com queixas e reclamações quanto à precariedade ou a ausência de respostas efetivas de demandas já apresentadas anteriormente, algumas delas críticas, demandadas há mais de anos.
Orientados pelo presidente do Conseg, os presentes tentaram, tanto quanto possível, ser sucintos, nem sempre conseguiram. O presidente da entidade Jd. Helena Antônio Cursino e outros participantes, partiram se queixando das seguidas ausências do atual subprefeito de São Mateus, Fábio Santos às reuniões do conselho de segurança. “Existe muita coisa pendente na subprefeitura para atendimento que não são atendidos, desde boca de lobos entupidas, vários Sac’s, iluminação de ruas e trechos e nada tem sido atendido”. “Somos cobrados pela população e não temos como responder”, queixou-se.
Outro munícipe apontou a água que corre seguidamente de uma valeta de drenagem na Rua João Carlos Ferreira que jorra no meio fio e com a passagem dos veículos espirra no asfalto assoreando-o. Reconhece que a prefeitura, vira e mexe, faz consertos paliativos no local, mas que estraga com rapidez dado o trânsito intenso.
Anderson elencou diversos problemas começando por um trecho da Avenida Aricanduva nas proximidades do acesso a Avenida Afonso Sampaio de Souza, nas proximidades de um importante semáforo. Ali, diz ele, com as chuvas existe uma poça grande e constante de água sem uma drenagem adequada. Além de espirrar com a passagem de veículos pelas bordas, a água, em repouso, pode se transformar num criadouro de dengue.
Na Rua Forte do Leme, indica o munícipe que uma parte da ciclofaixa recém-colocada está tomada por mato alto a ponto de permitir que se escondam no trecho, possíveis assaltantes. Cita ainda outra rua nas proximidades da Cadência onde um sarjetão revela os mesmos problemas do caso anterior. Com drenagem inadequada, a valeta, além de fazer com os veículos diminuam a velocidade exatamente em outro trecho ermo é mal iluminado. Queixou-se ainda do abuso dos motoristas de vans que prestam serviço de transporte público em algumas ruas sem respeito às normas de trânsito como, por exemplo, a circulação em rotatórias.
Quase ao final desviando o foco de apontar a responsabilidade das pessoas, anotou que o método dentro do conselho de segurança tem que buscar maior eficiência. “Não faz sentido as reclamações e demandas serem encaminhadas pelo Conseg e não terem o efeito desejado. É preciso repensar o modelo desse conselho”, apontou.
Eduardo, outro morador antigo do bairro queixou-se do abuso dos motociclistas no trânsito de São Mateus. Foi apartado pelo Tenente Moisés, também motociclista, estabelecendo a diferença que existe entre motociclistas e os chamados motoqueiros, cabendo a esses últimos o maior número de ocorrências de acidentes em função da direção perigosa. Estavam em acordo, o queixoso e o tenente quanto ao perfil dos dois tipos de usuários de motocicletas. Eduardo queria apontar a necessidade da polícia e órgãos de fiscalização de transito ser mais efetivos nesse aspecto.
Professores da escola Chibata Miyakoshi revelam problemas e pedem ajuda
Alguns professores da escola agradeceram a oportunidade de participar da reunião e um deles descreveu alguns problemas que vem ocorrendo naquela escola por causa da invasão do equipamento por parte de adolescentes que sequer ali estudam para usar drogas, praticar furtos e roubos. Segundo o professor, rodas de estepe, aparelhos de som e até motos de professores e funcionários da escola foram furtados durante o dia, praticamente sob as vistas de quem está na escola para estudar e trabalhar. Até a casa da zeladora da unidade foi invadida pelos adolescentes atrás de alguma coisa de valor. Ainda disponibilizou para a mesa algumas fotos com flagrantes das invasões.
Havia na fala do professor um pedido de socorro para reverter à situação que só tende a se agravar. O tenente Moisés explicou as dificuldades e a deficiência em número de efetivo para cobrir as ocorrências das 20 escolas estaduais que está sobre sua circunscrição. Lembrou que independente da localidade, em São Paulo, são sempre apenas duas viaturas destinadas à ronda escolar. “Ocorre que, em geral, as chamadas das escolas são para os mesmos horários e não é possível atender todas simultaneamente”, esclarece. Foi mais longe e lembrou que a segurança pública opera e eventualmente faz alguns remanejamentos pontuais a partir dos índices de ocorrências registradas no sistema de informação. “Por essa razão é preciso entender que sempre é necessário se fazer boletins de ocorrências, os BO’s para que os dados apareçam no sistema e possam ser analisados pela logística e inteligência da Polícia Militar”. Claro que esses dados também são cruzados e utilizados pela Polícia Civil o que fez o delegado titular respaldar a indicação da PM com relação à importância de se registrar os boletins de ocorrência.
Um dos últimos a falar, o delegado Artur Frederico, após registrar a importância dos registros de boletins de ocorrência, lembrou que a denúncia anônima e a colaboração da comunidade de bem pode ajudar a segurança a combater as ocorrências de crime e tentativas. Também indicou um número de policiais, incluindo ele que também sai em diligências, em número bastante aquém da real necessidade dos três distritos de São Mateus.
A reunião foi chegando ao seu final sem encaminhamentos objetivos quanto às demandas anteriores. As novas, apresentadas no dia, espera-se que sejam analisadas pelos responsáveis para uma futura resposta quanto a eventuais providências.

(JMN)

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