Jardim Nove de Julho ameaçado de perder área de preservação
Os moradores dos condomínios e casas do entorno a uma área vegetada na Rua Pacheco Grato, no Jardim Nove de Julho estão buscando alternativas para tentar barrar o que parece ser o início da construção de mais uma unidade escolar e de atendimento infantil da Prefeitura naquele local, quando, apontam a existência de outros espaços próximos mais apropriados. Conta a favor do desejo dos moradores o fato de na mesma rua existirem duas outras creches que, segundo eles dá conta da atual demanda.
Convidada, a reportagem compareceu no local dia 25 e em companhia dos moradores verificou a presença de telas de proteção, madeiras com sinais de que uma obra vai começar. Segundo foram informados os moradores pelos funcionários que depositaram esse material estranho está previsto o início para breve de intervenção e construção no local. Até um documento básico descritivo da obra foi apresentada aos moradores.
Estes, entretanto, a exemplo de Darci Aparício, aposentado e participante do Conselho do Idoso que falou na oportunidade pelos moradores a situação é de contrariedade. Tanto ele, como membros dos conselhos de condôminos dos condomínios que cercam a área não estão querendo a obra no local. Nada contra a chegada de mais uma unidade escolar. Apenas indicam que há alternativas de terrenos públicos próximos, não conservados que poderiam servir para essa construção.
Segundo Wagner Gomes dos Santos, um dos conselheiros do condomínio Vila Vitória a área que pretendem preservar está daquela forma com inúmeras árvores devidamente catalogadas e que dão amparo e existência de nascentes de água no local pelo fato dela própria ser resultado de uma compensação ambiental no passado. Que tipo de compensação é esse que pode ser perdida e abandonada depois; podemos nos perguntar. Ele, também não é contra outra unidade escolar no local, apenas recomenda que seja feita em outro local nas proximidades.
O fato é que os moradores reunidos durante a reportagem questionam essa atitude por parte do poder público quando é público e notório a precariedade de áreas verdes preservadas na cidade como um todo e a necessidade de conservação de áreas preservadas para contribuir até mesmo com a saúde pública.
Darci Aparício lembra que há muitos anos atrás e por muito tempo àquela área era usada como uma roça quase particular daquela comunidade. Havia então, plantação de feijão, milho e outros alimentos que eram colhidos pela comunidade. O aposentado é outro que não se conforma com a possível perda do espaço que teria sido uma compensação ambiental.
Coleta de abaixo-assinado e tentativas de se reunir com as autoridades principalmente com o subprefeito de São Mateus está na ordem do dia da agenda dos moradores. Dentro da legalidade e de forma amigável e democrática vão se empenhar em barrar a obra que, aparentemente poderia ser evitada, transferida para outro local próxima sem prejuízo das partes. Daqueles que querem manter o espaço verde e possivelmente instalar um mini-parque sem grande impacto e daqueles todos que eventualmente precisam dos equipamentos escolares no local.
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