Paralela a Avenida Mateo Bei, na Rua Joaquim Gouveia Franco em São Mateus se faz qualquer negócio que, em geral, começam da mesma maneira quando pessoas na luta pela sobrevivência em alguns casos, e para fazer uma moeda com o resultado do ‘assalto’ ao patrimônio alheio vendem roupas novas e usadas, calçados novos e usados, ferramentas idem, material hidráulico, fiação elétrica, celulares, computadores em parte ou inteiros, livros, discos, aparelhos eletrônicos e até animais de estimação ou silvestres em desacordo com a lei.
São Mateus já passou por isso em tempos recentes e ela ocorria na Rua Forte do Leme com acentuada presença de objetos de roubo e furtos de automóveis. Em 2007 e sem autorização do poder público, restava à subprefeitura fiscalizar esporadicamente em conjunto com a Polícia a fim de localizar produtos roubados. Tentou-se parcialmente na época regularizar o funcionamento da feira do rolo com produtos possíveis de serem comercializados com cadastramento de barracas e controle das atividades. Restando pouco com cara de legalidade a feira foi fechada por força da ação fiscalizatória e policial.
Sete anos depois surge essa outra feira do rolo nas mesmas condições da anterior, portanto, de novo sem possibilidade de regularização. Atualmente, ambulantes sem cadastro e em número sempre crescente ocupam o espaço da rua vendendo de tudo um pouco, com o agravante de serem um pouco mais visíveis os produtos oriundos de furtos ou roubos. A insegurança também cresce no local e durante o funcionamento da feira irregular. Há casos de pessoas mal humoradas circulando pelo espaço da feira a procura de produtos que eventualmente seriam seus e que tenham sido furtadas ou roubadas na localidade. Algumas confusões acabam acontecendo entre supostos vendedores sob forte desconfiança das pessoas que em alguns casos acham que são mercadorias suas, roubadas que estão em exposição.
Vale lembrar que na outra feira teve seu encerramento precipitado por causa de um homicídio ocorrido durante o funcionamento dela. Só em 2006 foram 228 ocorrências nas ruas da feira e imediações envolvendo novos roubos e furtos. Os mesmos problemas já dão sinais de estarem presentes na feira atual. A vizinhança próxima também se sente incomodada. Seja pela ocupação das áreas de circulação, seja pelo barulho e pelo lixo que sempre acaba restando ao final de mais um expediente.
Ambulantes também tem que seguir legislação
As pessoas que optam ou as quais restam à atividade como ambulante devem saber que existe uma legislação e regras definidas pelo município para que a atividade aconteça. Diversas regras devem ser seguidas e para exercer a atividade determinadas condições são exigidas e entre elas, com certeza, não contempla aquele que rouba ou furta. A atividade também restringe e disciplina o que pode ou não ser comercializado.
O que deve ficar claro é que não há nenhuma restrição entre negócios que possam ser feitos entre as partes interessadas, ou seja, o vendedor de determinado produto e o comprador interessado nesse mesmo produto, desde que a negociação seja feita apenas entre as partes de forma privada, não na atividade da feira que implica em exposição dos produtos, como se loja fosse, aos eventuais interessados que passem pelo local.
Não há licença nem legislação que ampare a atividade da atual feira e cabe aos órgãos competentes agirem no sentido de inibir e encerrar a atividade ou disciplina-la em conformidade com a lei, caso seja possível. Fora isso o que ali está ocorrendo é assunto de fiscalização e de ação policial, pois os problemas começam a pipocar dentro e nas proximidades da feira.
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